O Holocausto Brasileiro - Hospital Colônia

Palco de uma das maiores atrocidades contra a humanidade no Brasil, o hospício conhecido como Colônia, em Barbacena (MG), violou, matou e mutilou dezenas de milhares de internos. Acredita-se que de 1930 até 1980 cerca de 60 mil pessoas morreram dentro dos murros do hospital Colônia.


O que era antes um sanatório particular para tratamento de tuberculose passou a ser o primeiro hospital psiquiátrico de Minas, dando assistência para pessoas com todo tipo de problema psiquiátrico.


Com o passar dos anos, o tratamento dispensado aos pacientes passou a ser desumano e degradante, atingindo elevadas taxas de mortalidade. O hospital Colônia tornou-se depósito de doentes e marginalizados, minorias. Alcoólatras, homossexuais, prostitutas, epiléticos, tímidos e até meninas que engravidavam antes do casamento eram mandadas para lá. Aproximados 70% dos pacientes não tinham doença mental alguma. Inevitavelmente, Barbacena ganhou o título de “Cidade dos Loucos”.


Os internos perdiam suas roupas e até o seu próprio nome. Viviam nus, comiam ratos, bebiam água do esgoto, dormiam ao relento e às vezes amontoados. Nas noites geladas, eram cobertos por trapos. Morriam pelo frio, pela fome ou por doença, que, na maioria das vezes, eram adquiridas pelos maus tratos. Em alguns períodos, chegou-se a registrar uma média de 16 óbitos ao dia.


A instituição tornou-se entreposto de comércio de cadáveres, sendo os corpos vendidos para faculdades de medicina. Quando não havia interessados na compra, os defuntos eram banhados em ácido no pátio, diante dos outros internos.


Até o ano de 1980 cerca de 1853 corpos foram vendidos para 17 faculdades diferentes, sem contar as diversas "peças anatômicas" como fígados e corações, sem contar os esqueletos negociados. Acredita-se que esse comércio movimentou um montante de 600 mil reais.


O HOSPITAL COLONIA


Criado pelo governo estadual, em 1903, para oferecer "assistência aos alienados de Minas", até então atendidos nos porões da Santa Casa, o Hospital Colônia tinha, inicialmente, capacidade para 200 leitos, mas atingiu a marca de cinco mil pacientes em 1961, tornando-se endereço de um massacre. A instituição, transformada em um dos maiores hospícios do país, começou a inchar na década de 30, mas foi durante a ditadura militar que os conceitos médicos simplesmente desapareceram. Como já foi mencionado anteriormente, para lá eram enviados desafetos políticos, homossexuais, militantes políticos, mães solteiras, alcoolistas, mendigos, pessoas sem documentos e todos os tipos de indesejados, inclusive, doentes mentais.




Sem qualquer critério para internação, os deserdados sociais chegavam a Barbacena de trem, vindos de vários cantos do país. Eles abarrotavam os vagões de carga de maneira idêntica aos judeus levados, durante a Segunda Guerra, para os campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia. Os considerados loucos desembarcavam nos fundos do hospital, onde o guarda-freios desconectava o último vagão, que ficou conhecido como "trem de doido". A expressão, incorporada ao vocabulário dos mineiros, hoje define algo positivo, mas, na época, marcava o início de uma viagem sem volta ao inferno. Wellerson Durães de Alkmim, 59 anos, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, jamais esqueceu o primeiro dia em que pisou no hospital em 1975.


"Eu era estudante do Hospital de Neuropsiquiatria Infantil, em Belo Horizonte, quando fui fazer uma visita à Colônia 'Zoológica' de Barbacena. Tinha 23 anos e foi um grande choque encontrar, no meio daquelas pessoas, uma menina de 12 anos atendida no Hospital de Neuropsiquiatria Infantil. Ela estava lá numa cela, e o que me separava dela não eram somente grades. O frio daquele maio cortava sua pele sem agasalho. A metáfora que tenho sobre aquele dia é daqueles ônibus escolares que foram fazer uma visita ao zoológico, só que não era tão divertido, e nem a gente era tão criança assim. Fiquei muito impactado e, na volta, chorei diante do que vi."


ESGOTO:  A FONTE DA ÁGUA DOS INTERNOS


Entrar na Colônia era a decretação de uma sentença de morte. Sem remédios, comida, roupas e infraestrutura, os pacientes definhavam. Ficavam nus e descalços na maior parte do tempo. No local onde haviam guardas no lugar de enfermeiros, o sentido de dignidade era desconhecido. Os internos defecavam em público e se alimentavam das próprias fezes. Faziam do esgoto que cortava os pavilhões a principal fonte de água. "Muitas das doenças eram causadas por vermes das fezes que eles comiam. A coisa era muito pior do que parece. Cheguei a ver alimentos sendo jogados em cochos, e os doidos avançando para comer, como animais.



Visitei o campo de Auschwitz e não vi diferença. O que acontece lá é a desumanidade, a crueldade planejada. No hospício, tira-se o caráter humano de uma pessoa, e ela deixa de ser gente. Havia um total desinteresse pela sorte. Basta dizer que os eletrochoques eram dados indiscriminadamente. Às vezes, a energia elétrica da cidade não era suficiente para aguentar a carga. Muitos morriam, outros sofriam fraturas graves", revela o psiquiatra e escritor Ronaldo Simões Coelho, 80 anos, que trabalhou na Colônia no início da década de 60 como secretário geral da recém-criada Fundação Estadual de Assistência Psiquiátrica, substituída, em 77, pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). A Fhemig continua responsável pela instituição, reformulada a partir de 1980 e, recentemente, transformada em hospital regional. Hoje, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB) atende um universo de 50 cidades e uma população estimada em 700 mil pessoas.


CAPIM COMO CAMA


Os pacientes da Colônia, em sua maioria, dormiam no "leito único", denominação para o capim seco espalhado sobre o chão de cimento, que substituía as camas. O modelo chegou a ser oficialmente sugerido para outros hospitais "para suprir a falta de espaço nos quartos."



Em meio a ratos, insetos e dejetos, até 300 pessoas por pavilhão deitavam sobre a forragem vegetal. "O frio de Barbacena era um agravante, os internos dormiam em cima uns dos outros, e os debaixo morriam. De manhã, tiravam-se os cadáveres", contou o psiquiatra Jairo Toledo, diretor do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB).


Marlene Laureano, 56 anos, funcionária do CHPB desde os 20, era uma espécie de faz-tudo. "Todas as manhãs, eu tirava o capim e colocava para secar. Também dava banho nos pacientes, mas não havia roupas para vestirem. Tinha um pavilhão com 300 pessoas para alimentar, mas só tinha o suficiente para 30. Imagine! Só permaneci aqui, porque tinha a certeza de que um dia tudo isso ia melhorar, sei que Deus existe."


A DESCOBERTA


Como dito anteriormente a situação do hospital Colônia se agravou durante o período da ditadura militar, época em que pouquíssimas pessoas se opunham as vontades e desvontades do governo militar. Assim fica fácil identificar porque tantos maus tratos aconteceram sem que ninguém denunciasse as atrocidades. Afinal a quem denunciar?



No ano de 1961 imagens registradas pelo fotógrafo Luiz Alfredo, então correspondente do jornal "O Cruzeiro", foram incluídas em um livro intitulado "Colônia". As imagens foram fruto de uma investigação de 30 dias, e registraram a rotina dentro do campo de concentração brasileiro. Porém o livro foi publicado apenas no ano de 2008.


O assunto voltou a mídia recentemente graças ao lançamento do livro: “Holocausto Brasileiro: Vida, Genocídio e 60 Mil Mortes no Maior Hospício do Brasil”, dá jornalista investigativa Daniela Arbex.


O objetivo do livro é fazer com que os brasileiros fiquem cientes do que aconteceu na época. Sem nenhuma forma de censura, mostra exatamente a classificação de “indesejado social”, estigma criado pelos governantes e pela população.


CONDENAÇÃO DOS CULPADOS


Lá já se vão mais de 50 anos desde que as fotografias de Luiz Alfredo foram registradas, e desde lá ninguém foi punido pelo o que aconteceu em Barbacena, a exemplo de tantos outros crimes cometidos na época do regime militar. Em qualquer outro país do mundo antigos crimes são investigados, mas não no Brasil, aqui parece que é melhor esquecer a dor que essas antigas feridas já causaram, e deixar os responsáveis por tais atos livre e impunes. A impunidade no Brasil é uma doença muito antiga por sinal. E o melhor de tudo é que a instituição continua funcionando, abrigando 190 pacientes sob a guarda do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB).



Abaixo podemos conferir algumas das imagens registradas por Luiz Alfredo:













8 horríveis histórias de canibalismo

O ato de comer pedaços de carne de um outro ser vivo é um tipo de relação ecológica com o objetivo de “eliminar” os indivíduos menos aptos à sobrevivência na natureza. Na maior parte do mundo e também em grande parte da história, o ato de comer outro ser humano para o sustento próprio ou para garantir a sobrevivência não é aprovado pelos seres humanos.






Muitos cientistas apostam que esta prática carnívora aumenta as probabilidades do outro ter um ganho das forças e habilidades de quem foi devorado. Essa crença também está presente nos ensinamentos do continente asiático. No caso entre seres humanos, esta prática é denominada antropofagia.


E o canibalismo é uma prática que ocorre em grande escala pelo mundo. Os registros, segundo um canal britânico, vão de casos simples aos mais absurdos. Nessa matéria listamos para você alguns dos exemplos históricos mais terríveis de todos os tempos:


1 – Os pioneiros americanos de Donner


Imagine um grupo de 87 pioneiros americanos que ficaram presos pela neve, durante uma viagem pela América. Esse é o conhecido partido de Donner e foi um caso de canibalismo histórico. Assim que o resgate começou a chegar, depois de os pioneiros aguardarem por muito tempo o socorro, apenas quarenta e oito deles permaneceram vivos, levando a vários questionamentos sobre o que realmente aconteceu. Conduzidos ao desespero e à fome intensa, os membros do partido Donner consumiram os companheiros que haviam morrido para garantirem sua sobrevivência.




2 – Regina v. Dudley e Stephens


Esse é um caso britânico datado em 1884 que até hoje é estudado como um caso no direito comum de defesa legal de “necessidade”. A história de Dudley e Stephens trata de 4 marinheiros que ficaram presos no mar sem nenhum tipo de alimento ou água para beber. A dupla, então, propôs que alguém precisava ser sacrificado para o bem maior dos demais e que isso seria muito importante se caso alguns deles quisessem sobreviver. Como nenhum dos outros dois se pronunciaram, eles assassinaram seus aprendizes e comeram a carne fresquinha. Após a chegada do resgate, a equipe argumentou que o assassinato foi cometido para afastar a fome dos sobreviventes. O juiz, no tribunal, não concordou com a alegação e condenou a dupla ao enforcamento.




3 – As Cruzadas



As Cruzadas foi um acontecimento que deixou milhares de mortos por onde passou. O canibalismo foi motivado entre os guerreiros principalmente pela necessidade. Com o fim dos mantimentos, água e sem terem com o que se alimentar, partiram para o assassinato em massa e ingeriram muita carne humana fresquinha. Eles matavam os inimigos, principalmente, e comiam a puro sangue a carne viva. Era possível ver vários corpos espalhados com marcas de rasgos de dentes e mordidas.





4 – A Dinastia Tang


Devido ao aspecto muito expansivo da Dinastia Tang, vamos focar apenas na parte do eixo de vingança e sangue da história chinesa. O caos era tamanho, que o canibalismo nessa época era gritante. Alguns moradores irritados chegavam a bater até a morte em funcionários que eram corruptos e logo em seguida comiam toda a sua carne. Eles acreditavam que a má energia vinda daquela pessoa sumiria se fosse comida viva. Com os criminosos, o canibalismo era pior. A população chegava a extrair e expor para todos verem o coração de quem cometia crimes. Sim, retirar o coração vivo. O coração era repartido e comido por todos que presenciavam o ato canibal.




5 – O cerco de Leningrado


O canibalismo no momento do cerco de Leningrado se tornou um modo de vida que chegou a testar todos os limites da fome humana. O desespero por alimento era tamanho, que as pessoas chegaram ao ponto de descascar papel de parede de várias casas com o intuito de comer a cola que fixava o objeto de decoração nas paredes. Por chegar ao ponto do extremo, o canibalismo teve que ser contido pela polícia, então, ela criou uma força-tarefa para tentar combater o estado de insanidade por carne crua. O cenário era de muitos corpos despedaçados e ensopados de sangue pelas ruas.




6 – O canibalismo dos japoneses na Segunda Guerra Mundial


O caos de canibalismo dos cidadãos soviéticos em Leningrado se repetiu com vários soldados japoneses repetindo o mesmo ato. A diferença é que os japas não matavam apenas para comer porque estavam com fome e sim com a intenção de tortura, também. Muitas vítimas foram assassinadas friamente e toda a carne de seus corpos era retirada, ficando só os ossos à mostra. Para dar um tom de crueldade ainda mais impiedoso, tinham casos em que algumas delas tinham o pedaço de carne de seus braços e pernas arrancado enquanto ainda estavam com vida e, em seguida, o destino final eram enormes poços de água.


7 – A fome na Ucrânia


Diferente dos dois últimos listados, a crise de fome e a consequência de canibalismo foi gerada inteiramente pelo homem. O ano de 1932 viu praticamente todos os alimentos produzidos por agricultores ucranianos sendo vigorosamente tomados pela URSS, deixando milhões de pessoas sem sustento algum. A ação gerou milhares de mortes e a consequência foi a busca de muitos cidadãos ucranianos a recorrerem ao canibalismo . Enquanto o caos estava implantado, o rosto sorridente e jovial de Joseph Stalin estava sendo transmitido em todo o mundo como a mando e pedido dele que isso fosse instaurado.




8 – O cerco de Ma’arra e Antioquia


Mesmo a gente já tendo citado aqui na lista sobre as cruzadas, não poderíamos deixar de incluir esse que foi um dos mais famosos cercos canibais da história. As tropas cristãs de Starving ficaram enlouquecidas pela fome durante o cerco e começaram a cortar partes das nádegas de seus adversários mortos antes mesmo de frita-los na panela. Outras teorias apontam que adultos vivos acompanhados de seus filhos eram cozidos ainda em vida, e sendo assados no espeto, logo em seguida.


Azazel - O Demônio das Chamas

Azazel é o nome atribuído a um anjo, que seria encarregado da tarefa de levantar as faltas humanas e as enumerar perante o Tribunal Divino, durante o julgamento anual da humanidade. É, por outro lado, uma figura misteriosa, que aparece por três vezes na Bíblia Hebraica, relacionado expressamente com o ritual do Yom Kipur, quando, na época do Templo de Jerusalém, um bode era sacrificado para o Criador e outro era ofertado a Azazel, sendo este último animal encaminhado ao deserto.




História


Ao lado de Shemihazah, liderou um grupo de duzentos anjos que desceram à Terra, com o fito de viver entre os humanos. Conheceram as mulheres, e com elas tiveram filhos. Particularmente, Azazel teve filhos que pereceram no Dilúvio. Esses rebentos foram chamados de nefilim. "O Texto Massorético indica um nome próprio que, à parte dessa menção, é inteiramente desconhecido: Azazel, que os rabinos da Idade Média explicavam ser designação de um demônio peludo do deserto. Então, Arão lançaria sortes por um demônio. Ora, não se faz inclusão do culto ou adoração de demônios em parte alguma da Torá, e não pode existir a mínima possibilidade de que tal culto surja aqui. A óbvia solução desse enigma encontra-se na separação das duas partes da palavra 'Azazel', de modo que fique ez azel, isto é, 'o bode da partida ou da demissão'. Noutras palavras, como o versículo 10 deixa bem claro, esse segundo bode deve ser conduzido para fora, ao deserto, para onde deverá encaminhar-se, e de modo simbólico, levar embora os pecados do povo de Israel, retirando-os do acampamento do povo. É inquestionável que a LXX entendeu o versículo e o nome Azazel dessa forma, ao apresentar a grafia to apopompaio (para o que for enviado para longe). De forma semelhante, a Vulgata traz capro emissário (para o bode que deve ser despedido). Assim, ao separarmos as duas palavras que foram indevidamente fundidas numa só no hebraico, passamos a ter um texto que faz sentido perfeito no contexto, sem fazer concessão a demônios, cujo exemplo não existe nas Escrituras. Noutras palavras, 'bode emissário' é a verdadeira tradução a ser empregada, em vez de "para Azazel", palavra que talvez devesse ser vocalizada como ez azel (um bode de partida).


É preciso que se entenda que o registro dos documentos do Antigo Testamento era escrito só com as consoantes; os pontos representativos das vogais só passaram a ser colocados no texto a partir de 800 d.C ... A tradição, segundo a qual, o bode emissário era o nome de um demônio do deserto originar-se-ia muito tempo depois, e estaria totalmente em desacordo como os princípios da redenção ensinados na Torá. Portanto, é inteiramente errado imaginar que esse cabrito representava o próprio Satanás, visto que nem o diabo nem seus demônios jamais são mencionados desempenhando funções expiatórias em prol da humanidade - que é a implicação dessa interpretação. A palavra tem sido entendida e traduzida de diversas maneiras. As versões antigas (LXX, Símaco, Teodócio e Vulgata) entenderam que a palavra indica o 'bode que se vai', considerando como derivada de duas palavras hebraicas: ez= bode, e azal= virar-se" "Uma possibilidade final é considerar o vocábulo [Azazel] como a designação de um ser pessoal de modo a contrapor-se à palavra SENHOR . Neste sentido Azazel poderia ser um espírito maligno ou até mesmo o próprio demônio, numa oposição de antítese ao Senhor. No entanto, as referências de Enoque a Azazel como um demônio dependem, sem dúvida alguma, da interpretação que o próprio autor desse livro faz: "Mas nessa passagem joanina também se percebe uma alusão ao bode emissário. Esse fato é claramente visto nas palavras 'leva embora'.


Demonologia


Para a Demonologia, ou a catalogação dos demônios da tradição católica Azazel é um dos 7 arque-demonios de Satã, que correspondem aos 7 arcanjos de Deus. Azazel é considerado um demônio advindo de uma seita judaica que adorava um ídolo em forma de carneiro e oferecia sacrifícios em holocausto a esta figura caprina. Dizem, certas correntes, que havia rituais de sodomia e zoofilia, nos quais, grupos de judeus imolados pelo espírito do ídolo, no caso o demônio Azazel, entregavam suas virgens para praticar atos sexuais ou libidinosos com cabras e outros homens, em um ritual macabro e pervertido. Os reis de Judá descobriram esta seita que adorava a ídolos, e contrariava os mandamentos da Torá entregues a Moisés. Houve uma batalha na cidade aonde esta seita se encontrava e todos os judeus que adoravam Azazel, bem como a cidade, foram destruídos.


Azazel, também conhecido como "demônio do olho amarelo" - Imagem da série Sobrenatural

Azazel é um ex-anjo que caiu do paraíso. Antes disso, era um anjo emissário enviado para viver entre os humanos; nesta missão, teve filhos com as mulheres dos homens, e isto motiva a crença de que os rituais de invocação de Azazel ocorrem através da prática de atos sexuais entre mulheres e cabras. Azazel é o rei dos Shekmitas, ou seja, a raça de demônios meio homens e meio cabras, com aspecto parecido com o de Baphomet que tambem é um demônio Shekmita famoso. Aquele é responsável pela desgraça dos idólatras e seu poder é comparável ao dos demônios mais fortes do inferno; ele comanda as legiões Shekmitas no inferno, sendo um general que responde somente ao próprio Lúcifer.


Ritual do Dia do Perdão


No terceiro livro do Tanach, consta que entre os rituais do Dia do Perdão, quando ocorre anualmente a finalização do julgamento da humanidade, havia, na época em que ainda estava edificado o Templo de Jerusalém, a obrigação de separar dois bodes idênticos (mesma cor, mesmo peso, mesma altura etc.). O primeiro era sacrificado para o Eterno, e o segundo, deixado no deserto e era chamado Azazel. Ele caminhava carregando os pecados até encontrar um lugar para se precipitar. Ele não parava de andar até cumprir seu destino, representando o que hoje é, e sempre, foi o destino de satanás.


A despeito de o texto dizer que um dos animais deveria ser deixado para Azazel, não se tratava de uma oferta de per se, mas o ritual estava ligado, simbolicamente, mais às origens do povo hebreu, com seus antepassados Esaú e Jacó, que eram gêmeos muito semelhantes em tudo, até no modo de andar e timbre voz, pelo que era assaz comum as pessoas confundirem-se; apesar de idênticos no exterior, os irmãos eram de personalidade muito diferentes e, assim, se ritualizava essa memória. Outro significado atribuído ao ritual era o de que o pecado é muito próximo de uma boa ação e que as pessoas deveriam ser vigilantes, para não deixar que um pecado fosse disfarçado de ato bondoso. A escolha de qual dos animais seria enviado ao deserto era aleatória.


Lenda Urbana


Ano de 1663


Uma mulher que dormia tranquilamente em seu colchão de palhas é consumida por fogo e transformada em cinzas, incluindo seus ossos. Coitadinha! Não sobrou nada! Você pode dizer: “Ela morreu queimada? E daí?” E daí que a única coisa que queimou dentro do quarto foi a mulher, seu colchão de palhas ficou intacto, assim como todos os móveis do quarto.


Talvez essa, tenha sido a primeira vez que alguém relata esse tipo de acontecimento em um livro e quem fez isso foi um anatomista chamado Thomas.


עֲזָאזֵל `aza’zel (Azazel)


A lenda diz que o demônio das chamas é também conhecido por Azazel. Nas escrituras bíblicas esse nome também é mencionado, só que para a tradução no geral o texto faz referência ao termo “bode”, ou “bode expiatório”. Seja lá como for, o interessante nisso é que nesse caso trata-se de um ritual e para realizarem esse ritual haviam dois bodes, um para sacrifício em nome do bem e outro em nome do mal. E a coincidência disso? É que nesses sacrifícios utilizavam fogo! Bode queimado, isso mesmo!


Mas o que quer o demônio das chamas?

Como é morta uma vítima de Azazel

Essa é uma boa pergunta mas, só podemos resumir com a seguinte resposta:



Destruição!


Na série "Supernatural" (Sobrenatural, no Brasil), o tal demônio foi representado como "o demônio do olho amarelo", e atacava apenas as mães de recém-nascidos, o demônio que conhecemos vai além!


Dizem que este tem costume de fazer suas vítimas durante o sono, principalmente pessoas solitárias que adoram dormir no escuro.


Tudo acontece repentinamente, dizem que o tal demônio toma posse do corpo de sua vítima e, no mesmo instante, segura a alma da vítima. Nesse momento, tanto o corpo como a alma começam a queimar de dentro para fora, levantando uma enorme labareda de chamas na cor azul que consome a pessoa em segundos, deixando intacto o restante da casa, ou seja, o fogo não se espalha.


As vítimas sempre são encontradas em estado de cinzas, sobrando apenas poucas partes do corpo, geralmente as pernas.


Existem diversos casos reais onde pessoas são encontradas mortas de maneira similar e misteriosa, conheça alguns:


Jeannie Saffin: Em 1982, Jeannie estava sentada na sala com seu pai. Jeannie tinha problemas de saúde e mesmo tendo mais de 60 anos, sua mentalidade era como a de uma criança. Repentinamente, o pai de Jeannie percebeu quando ela foi consumida por chamas sem causa ou explicação.



Mary Reeser: Em 1951, Mary foi encontrada completamente incinerada, poucas partes de seu corpo ficaram inteiras. Mary estava sentada em sua sala, e, com exceção da cadeira, todo o resto dos móveis da sala não sofreu nenhum dano.



Fenômenos Paranormais em Oak Island

A busca pelo suposto tesouro enterrado em Oak Island, na Nova Escócia, no Canadá, se mostra tão cheia de armadilhas, que alguns já perderam a vida nesta aventura. Os misteriosos obstáculos fazem muitos pensar que o tesouro é amaldiçoado e que, na realidade, ele foi enterrado ali para “ser deixado em paz”.







As lendas de maldições sobre a ilha existem desde que um grupo de adolescentes descobriu um buraco que levaria a um tesouro, em 1795. Segundo se conta, os rapazes foram atraídos por três luzes fortes ao chamado “poço do dinheiro”. Desde então, muitos já tentaram desvendar este enigma.


Os irmãos Rick e Marty Lagina, que atualmente tentam desvendar os mistérios da ilha, chamaram um grupo de pesquisadores paranormais que registraram atividades muito estranhas em Oak Island. Eles afirmam que o local tem um “energia” assustadora, em especial em algumas árvores do pântano. O grupo também registrou uma intensa atividade eletromagnética na ilha que ainda não pode ser explicada. Lendas da região dizem que os corvos do local são possuídos pelas almas dos escravos que construíram os buracos do tesouro e que há fantasmas de soldados das tropas britânicas na região, além de almas penadas de pessoas que foram assassinadas por piratas. Registros de barulhos estranhos também são comuns na ilha.


Além disso, há ainda a hisória do eremtida Dan Henskee, que busca o tesouro de Oak Island há mais de 40 anos. Na opinião dele, a ilha realmente é assombrada e está sob uma maldição. Ele mesmo disse ter passado por uma experiência paranormal por ali no ano de 1973. Depois de sofrer com uma série de pesadelos, um dia Dan disse que sentiu como se estivesse possuído pela alma de um padre e que experimentou a sensação da morte dessa pessoa, que teria sido degolada. Apesar de todas essas histórias de fantasmas e assombrações, a busca pelo tesouro fala mais alto para estes caçadores, que irão enfrentar fantasmas e colocar maldições à prova para desvendar o enigma de Oak Island.


Fonte: History



TARCÍSIO EM AÇÃO/ DANCINHA DA JANJA/ PUTIN ROMPE ACORDO - OESTE SEM FILTRO - 21/02/2023


 

Contra juízes ‘ativistas de esquerda’, Israel propõe reforma do Judiciário

As mudanças permitiriam que uma maioria simples de legisladores revertesse as decisões da Suprema Corte

                         

ESTE É UM ASSUNTO QUE AS PESSOAS NÃO QUEREM PENSAR, MAS NO QUAL DEVERIAM PENSAR SERIAMENTE – João 14:6


A questão é o que acontece quando você não está mais vivo? 

Jesus nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por Mim.” (João 14: 6) 

A morte é inevitável, mas a maioria das pessoas dão pouca atenção a essa realidade até que seja tarde demais. Agora, ao ler isso, é o momento de pensar seriamente sobre o que segue à nossa existência terrena, enquanto ainda temos a oportunidade de tomar uma decisão que afetará nosso destino final. II Coríntios 6:2 nos diz que “agora é a hora do favor de Deus, agora é o dia da salvação.” 

Temos de realizar que esta vida não é tudo o que existe, já que a eternidade espera todos nós. Alguns viverão eternamente na presença de Deus, mas a alternativa é experimentar o tormento eterno e para sempre estar separado Dele. Se recebermos Jesus como Salvador, nossa penalidade pelo pecado é paga, somos adotados na família de Deus, e o céu é nosso lar eterno. Mas se suprimirmos a verdade e rejeitarmos Jesus, permaneceremos alienados de Deus, sob condenação por nosso pecado e destinados à agonia sem fim. Jesus disse a Nicodemos “quem Nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus” (João 3:18). 

Infelizmente, vários pregadores instruem seu rebanho que há muitos caminhos para chegar ao céu, mas não é isso que as Escrituras ensinam. Elas ensinam que há apenas um caminho, através do Senhor Jesus Cristo (João 14:6). 

Consequentemente, o que acontece quando morremos depende do que acontece antes de morrermos. A Bíblia classifica toda a raça humana em duas categorias, os salvos e os perdidos. Os salvos são aqueles que confiaram em Jesus Cristo como Salvador e fizeram Dele o Senhor de sua vida. Os perdidos são aqueles que não o fizeram. Portanto, o que acontece com os salvos é radicalmente diferente do que acontece com os perdidos. 

Quando os salvados morrem, eles vão diretamente para a presença do Senhor. Como Jesus disse ao ladrão na cruz: “Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso” (Lucas 23:43). Esta é uma promessa direta de que, no momento da morte, o ladrão arrependido passaria de sua vida de crime e de sua morte agonizante na cruz para o reino chamado “paraíso.” 

Paulo nos diz em 2 Coríntios 5:8 que ele ficaria satisfeito por estar ausente do corpo e estar presente com o Senhor. O que isso significa é que, no momento que um crente morre, a alma vai estar com o Senhor no céu, enquanto o corpo é enterrado até o dia da ressurreição, quando Jesus retornar nas nuvens por eles. Paulo disse aos tessalonicenses que “o Senhor mesmo descerá do céu com um brado de comando, com a voz do arcanjo e com o toque da trombeta de Deus. Primeiro, os mortos em Cristo ressuscitarão. Depois, com eles, nós, os que ainda estivermos vivos, seremos arrebatados nas nuvens ao encontro do Senhor, nos ares. Então, estaremos com o Senhor para sempre” (1 Tessalonicenses 4:16-17) . Esta é uma promessa clara de futura ressurreição corporal para o crente. 

E em 1 Coríntios 15:51-55 Paulo acrescenta o fato crucial de que nossos corpos “ressuscitarão incorruptíveis.” E uma vez que nossos corpos forem ressuscitados, estaremos com o Senhor para sempre (1 Tessalonicenses 4:17. Onde quer que Ele esteja, lá estaremos nós, regozijando-nos, louvando, cantando e celebrando por toda a eternidade. 

Jesus assegurou aos Seus discípulos que: “Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, Eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se Eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para Mim, para que vocês estejam onde Eu estiver” (João 14:2-3). 

No momento da morte, a alma entra em um novo reino enquanto o corpo é preparado para o enterro. Para o crente, o momento da morte o leva à presença pessoal de Cristo, enquanto que para o incrédulo, a morte começa uma experiência de punição consciente sem fim. Então, vamos dar uma olhada no que as Escrituras revelam sobre essa realidade. 

  • Em Lucas 16:19-31, Jesus contou de um homem rico que, após sua morte, foi para o lugar chamado Hades onde estava sendo atormentado no fogo. 
  • Marcos 9:43-48 fala do fogo que não é extinto e o verme que não morre. 
  • Apocalipse 20:11-15 descreve a cena impressionante em que os mortos não salvos são ressuscitados para presentar-se diante de Deus e receber sua sentença final de destruição e são lançados no lago de fogo onde residirão para sempre, eternamente separados da presença de Deus Todo-Poderoso. 

O lago de fogo é o destino final daqueles que não querem aceitar o dom de salvação do amor de Jesus Cristo, a menos que, por uma escolha consciente, mudem de ideia e coloquem sua completa confiança em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador antes de morrerem. 

Se você conhece Jesus e O aceitou como seu Senhor e Salvador, não tem nada a temer quando a morte bate à sua porta. A morte chega a todos nós; ela virá para você e para mim um dia desses. A morte pode ser rápida ou lenta, dolorosa ou sem dor, mas quando chegar o momento, o crente se encontrará levado ao céu, onde verá Jesus cara a cara. 

A morte não é o fim da jornada; porque, para o crente, a morte é a porta para o céu. Para o incrédulo, é uma passagem para o sofrimento inimaginável. 

Consequentemente, o que acontece quando você morre depende do que acontece antes de você morrer, então certifique-se de que você está pronto para que quando chegar a hora, você não seja surpreendido pelo resultado irreversível do que acontece a seguir. 

Atualmente, existem aproximadamente 8 bilhões de pessoas na Terra e você é uma delas, e você precisa entender que você é importante para Deus. Por que? Porque você foi criado à Sua imagem, é cuidado por Ele e, acima de tudo, amado por Ele: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). 

Jesus não é apenas o Salvador da espécie humana; Ele pode ser a solução para a sua depressão, preocupações e medos se você deixá-Lo entrar. Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele Comigo” (Apocalipse 3:20). Você precisa, no entanto, pedir a Jesus para entrar em sua vida e pedir a Ele para perdoá-lo de seus pecados e se afastar deles e começar a seguir a Sua vontade para a sua vida a cada dia. 

Então lembre-se sempre do que Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em Mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25). 

Estamos aqui para te ajudar, e caminhar com você. 

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FONTE:https://mvmportuguese.wordpress.com/2023/02/08/este-e-um-assunto-que-as-pessoas-nao-querem-pensar-mas-no-qual-deveriam-pensar-seriamente-joao-146/

A Besta de Gevaudan - A França aterrorizada por uma fera sanguinária


Entre os anos de 1764 e 1767 os habitantes da pequena província francesa de Gevaudan - atualmente parte de Lozere, próximo das Montanhas Margueride, foram aterrorizados por uma horrível criatura lupina que passou a  ser conhecida como La Bête du Gevaudan ou "A Besta de Gevaudan".

A criatura foi descrita como um monstro semelhante a um lobo, mas muito maior dos que qualquer lobo que já havia vagado pela região, sendo quase do tamanho de uma vaca ou de um burro. Suas patas eram dotadas de garras afiadas, a pelagem era escura como a noite, a cabeça maciça semelhante a um mastim com orelhas pequenas e retas, além de uma boca excepcionalmente grande, repleta de enormes presas. Mais do que uma aparência medonha, a criatura parecia dotada de uma maldade inerente que a impelia a matar pelo simples prazer de fazê-lo, não apenas para se alimentar ou defender.

Acredita-se que até seu reinado de terror se encerrar, a Besta de Gevaudan tenha matado algo entre 60 e 100 homens, mulheres e crianças, deixando ainda um saldo de mais de trinta feridos. Atestar a veracidade desses números, é claro, constitui uma tarefa impossível, mas ao certo se sabe que o caso realmente aconteceu e que o número de vítimas foi elevado uma vez que causou comoção em todo país, vindo a ser conhecido em outras partes da Europa.

O primeiro encontro relatado com a fera aconteceu em maio de 1764 na floresta de Mercoire próximo de Langogne na porção oriental de Gevaudan. Uma jovem que cuidava de seu rebanho de gado percebeu uma forma escura espreitando em meio aos arbustos. Ela contou que a fera saltou da mata investindo contra os animais, mas os touros conseguiram mantê-lo à distância com seus chifres. A criatura atacou por uma segunda vez lutando contra os touros, um comportamento incomum para um lobo, mas foi repelida novamente. Os animais conseguiram ganhar tempo suficiente para a mulher apavorada escapar e chegar até seu vilarejo, onde ela contou o que havia acontecido. Os homens da vila se armaram e foram até o local, encontrando alguns animais feridos, mas nenhum sinal do lobo.

Apenas um mês depois, o lobo apareceu novamente. Dessa vez o ataque terminou em tragédia, com a morte de uma menina que não conseguiu escapar da fera. O corpo da criança foi encontrado próximo a um córrego onde ela havia ido encher um cântaro de água. Ela havia sido horrivelmente mutilada e seu coração, segundo as estórias, fora devorado pela fera.  


Nos meses que se seguiram a região mergulhou em um clima de apreensão à medida que o enorme lobo negro prosseguia em sua matança, parecendo ter desenvolvido um gosto especial por mulheres, crianças e homens solitários que se embrenhavam na floresta para cuidar de seus animais pastoris. A forma como a fera atacava também era incomum para um predador, pois ele visava a cabeça se suas vítimas, ignorando os braços e pernas, áreas em que lobos tendem a se concentrar. As vítimas que não eram inteiramente devoradas ou desapareciam sem deixar vestígios, eram encontradas com suas cabeças despedaçadas ou completamente removidas de seus corpos, algo que nunca se tinha ouvido falar até então.

Em virtude do grande número de ataques e vítimas fatais, alguns começaram a suspeitar que haveria mais de uma fera, um par ou quem sabe até uma alcateia dos temíveis animais. De fato, algumas testemunhas relatavam ter avistado a fera no momentos em que ela era vista em outro lugar. Alguns também diziam ter visto o enorme lobo andando com outros animais menores que ele parecia liderar. Os relatos se multiplicavam e um estranho boato começou a se espalhar: o de que a fera seguia as ordens de um homem misterioso todo vestido de couro preto que apontava as pessoas que a fera deveria matar. Para alguns era um nobre decadente que tornava o assassinato seu esporte, para outros era o próprio diabo. 

A medida que a Besta de Gevaudan continuava a matar sistematicamente, as pessoas começaram a acreditar que por trás das suas ações havia algum componente sobrenatural. Caçadores perdiam o rastro da fera no meio da floresta, armadilhas eram ignoradas, armas pareciam negar fogo e os mateiros não entendiam como um lobo tão grande era capaz de se esquivar de todas as buscas. A habilidade da criatura em sobreviver a todas as tentativas de eliminá-la e o fato dela preferir matar mulheres parecia algo claramente sobrenatural. Os camponeses passaram a acreditar que não estavam enfrentando um simples lobo, mas um loup-garou, um lobisomenApesar de todas as providencias para aumentar a segurança erguendo cercas e acendendo tochas durante a noite, não havia sinal da fera diminuir a sua sede de sangue. 


Em outubro de 1764 dois caçadores encontraram a besta na floresta e atiraram contra ela a uma distância de apenas dez passos. Eles atingiram a criatura quase à queima roupa e conseguiram derrubá-la, mas antes que eles pudessem recarregar os mosquetes para uma segunda salva, ele se ergueu e correu para o bosque. Os caçadores juraram ter acertado a fera, mas contaram que as balas não foram capazes de matar a besta imbuída de uma resistência, obviamente diabólica. Uma vez tendo contado o que havia acontecido, organizou-se um grupo de caça que encontrou facilmente os rastros de sangue adentrando o bosque, exatamente no local em que os homens haviam alvejado a criatura. Diante da quantidade de rastros, todos acharam que seria questão de tempo até encontrarem a carcaça da fera em algum ponto da floresta. Os homens entraram na parte mais profunda da mata, onde descobriram vários corpos de vítimas até então desaparecidas, mas nenhum sinal da fera responsável por aquele massacre. Quando se preparavam para retornar, o lobo surgiu sorrateiramente, investindo contra os homens e fazendo mais quatro vítimas fatais. Os sobreviventes contaram que dispararam inúmeras vezes, acertando o alvo, mas cada vez que a besta era baleada, se levantava para atacar novamente. Aterrorizados, os homens fugiram sem olhar para traz.         

Depois disso, o pânico se instalou de vez na região. As estórias sobre as façanhas da fera se espalharam, carregadas por caçadores, mercadores e viajantes. Logo não havia um caçador na França que não tivesse ouvido falar da maligna Besta de Gevaudan. Várias beats se formaram, grupos de caçadores compostos de vários homens, a pé ou montados, armados com mosquetes potentes, longas lanças de caça e mastins farejadores. 

O chefe da milícia local, o Capitão Duhamel foi incumbido pelo próprio Rei Luis XV de encontrar e eliminar a ameaça responsável por deixar os camponeses em um estado de terror tamanho, que colocava em risco as colheitas. Duhamel organizou uma enorme grupo de voluntários formado por dezessete caçadores experientes montados à cavalo, um estoque de mais de 40 mosquetes previamente carregados e uma parelha de mais de trinta cães de caça. O grupo chacinou todos lobos que viviam na região. Segundo contas, mais de 200 animais foram mortos, mas nenhum deles se parecia com a elusiva Besta de Gevaudan.

Os caçadores espalharam armadilhas pela floresta, deixaram ovelhas em lugares acessíveis vigiados noite e dia, aguardaram e chegaram até a vestir alguns com roupas de mulher para tentar atrair a fera. Mas nenhuma dessas estratégias logrou êxito. 

Finalmente em novembro, o grupo de Duhamel avistou a  fera e a perseguiu pela floresta, mas a perdeu em uma área onde os cavalos não conseguiram adentrar. Seguindo à pé, os implacáveis caçadores não se renderam e depois de encontrar com o enorme lobo em uma clareira dispararam contra ele supostamente o alvejando repetidas vezes. Ainda assim, a fera conseguiu escapar para dentro do bosque. O grupo acreditando que o animal não poderia sobreviver a todos os ferimentos infligidos retornou a Gevaudan onde foram recebidos como heróis.    

Dias se passaram sem nenhuma notícia da fera, até que no final de dezembro, perto do Natal, mais uma mulher desapareceu. O grupo de busca localizou os seus restos terrivelmente mutilados em uma ravina: o pesadelo continuaria. A credibilidade do Capitão Duhamel caiu por terra e ele foi destituído depois que um dos seus homens de confiança quase foi linchado por uma multidão furiosa. 


Em Paris, as notícias foram recebidas com reprovação. Críticos da monarquia diziam que a fera estava fazendo o Rei de tolo e que o monarca não era capaz de cuidar da segurança de seus súditos e se livrar de um simples animal selvagem. Insuflando os rumores, alguns afirmavam que um nobre renegado estava por detrás das mortes, controlando um lobo selvagem. Para outros, o tal nobre seria o próprio lobo demoníaco, no qual se transformava nas noites de lua cheia.

Uma recompensa foi prometida para quem matasse a fera e apresentasse o seu corpo. Um emissário real viajou até a região de Gevaudan levando a notícia de que o caçador que eliminasse a fera receberia uma verdadeira fortuna. O Rei ordenou que a Fera de Gevaudan fosse morta e seus restos expostos em Paris como forma de acalmar a população.

O montante oferecido atraiu não apenas caçadores da França, como homens de todas as partes da Europa que convergiram para Gevaudan ávidos pela glória e pela riqueza. A caçada durou meses, e mais de cem lobos foram abatidos, mas nenhum deles foi reconhecido como sendo a fera responsável por aquela situação. Os habitantes locais estavam cansados da presença de tantos estrangeiros comendo a sua comida, remexendo os campos e invadindo suas propriedades. Alguns caçadores agiam de má fé tentando ludibriar as autoridades reais. Um homem chegou a apresentar a carcaça de um animal estranho e incomum, alegando que havia abatido a criatura após uma épica caçada. O mestre de caça, reconheceu os restos pelo que eles de fato eram, uma hiena, que aparentemente havia sido trazida do norte da África.     

Após a morte de duas crianças em tenra idade, o Rei comovido pela situação, contatou um normando chamado Denneval, que fora Guarda Caça de um marquês e que tinha a reputação de ser o maior caçador da França. O monarca depositou no sujeito suas últimas esperanças e prometeu a ele um título de nobreza caso fosse bem sucedido na perigosa empreitada.

Em fevereiro de 1765. Denneval chegou a região de Gevaudan acompanhado de cinco ajudantes de sua inteira confiança, sendo um deles um nativo americano que ele havia encontrado em uma expedição a colônia de Manitoba e que era famoso pelas suas qualidades como rastreador. A entourage contava ainda com um verdadeiro arsenal de 50 mosquetes militares pesados, lanças com mais de dois metros de comprimento, bestas que disparavam setas de ferro, bombas explosivas de pólvora negra, armadilhas e correntes para capturar ursos e outros equipamentos modernos. Os homens do Guarda Caça, usavam armaduras negras de couro batido e eram uma visão aterrorizante, em especial o selvagem do Novo Mundo com o cabelo moicano e pintura de guerra. Denneval vestia uma armadura de couro e metal cheia de espinhos e dizem havia matado uma loba no cio e espalhado seu sangue em todo traje. O fedor que exalava era nauseante, mas ele estava confiante de que isso atrairia a presa.

O grupo de Denneval logo ganhou a companhia do jovem Jacques Denis, um rapaz de dezesseis anos que conhecia como ninguém a floresta e que provou não estar intimidado pela tarefa e nem pela aparência do bando. Jacques explicou que desejava se vingar da fera uma vez que ela havia matado sua irmã mais velha meses antes. O rapaz havia testemunhado o horrível ataque e visto o corpo sem vida da irmã ser arrastado como um boneco para a floresta de onde jamais foi recuperado. O rapaz foi aceito na companhia dos caçadores que vasculharam cada canto da floresta. O plano de Denneval era forçar a fera para cada vez mais perto de Gevaudan a fim de fazer o abate.

Em meados de maio, o plano do Guarda Caças teve êxito, mas não da maneira que ele esperava. A fera foi atraída para a cidade, durante as comemorações da Feira da Primavera. Durante seu ousado ataque, a besta matou várias pessoas incluindo uma jovem de nome Marguerite, que estava enamorada de Jacques Denis. Furiosos, aldeões se armaram com ferramentas, paus, pedras e qualquer coisa que pudessem usar como arma para matar o monstro. Jacques e um grupo penetrou na floresta seguindo o rastro do lobo, mas acabou caindo em uma armadilha. Os homens acabaram morrendo e se não fosse a chegada providencial de Denneval e seus homens, Jacques também teria sido morto pela fera. Apesar de sobreviver, diz a lenda que os cabelos do rapaz ficaram totalmente rancos e que ele pareceu envelhecer décadas com a experiência. Pouco depois desse ataque, que teria deixado mais de doze mortos, Denneval desistiu da perseguição.

"Não há o que fazer" teria escrito ao Rei se desculpando. Ele continuou: "A fera nos iludiu a entrar na floresta a fim de atacar impunemente o vilarejo. Claramente estamos diante de algo que desafia a razão e que age impelida pelo desejo de matar. Temo que nossa presença aqui apenas a torna mais selvagem e vingativa".


Perturbados pela desistência do Guarda Caça, a maioria dos caçadores também partiram. Livre para agir impunemente, a fera prosseguiu impiedosa. Ele matou um rapaz de quatorze anos e uma mulher que carregava um recém nascido. Furioso com a carta do Guarda Caça, o Rei ordenou que Denneval fosse trazido à sua presença, mas ele escapou para outro país desaparecendo da história. Um dos conselheiros de Luis XV indicou um homem para assumir o lugar do Guarda Caça, seu nome era Antoine de Beauterne, um renomado taxidermista parisiense que havia caçado todo tipo de presa na Europa e na África.

Beauterne chegou sem estardalhaço e fez aparentemente pouco no início. Explorou a floresta, desenhou mapas e assinalou neles onde a besta havia sido vista. Em uma de suas expedições encontrou com o nativo de Manitoba que ficou para traz após a desistência de Denneval. O homem, que passou a ser chamado de Mani, ofereceu suas habilidades como rastreador.

Em 21 de setembro, Beauterne organizou um grupo de caça formado por quarenta caçadores locais especialmente escolhidos para a tarefa, e uma dúzia dos melhores cães farejadores. Unindo o seu conhecimento do terreno aos valiosos conselhos de Mani, os homens se concentraram em uma área rochosa isolada, repleta de ravinas próxima ao vilarejo de Pommier. Parecia lógico para o taxidermista que o lobo usasse esse lugar, cheio de cavernas como covil por ele proporcionar um bom esconderijo e dispor de água potável. O plano era levar a caçada até um lugar em que a fera se sentisse segura, e onde ela não esperava ser confrontada.

Logo que chegaram ao local os cães captaram um cheiro e começaram a latir como loucos. Não demorou para a besta emergir de uma caverna para investigar. Um dos homens deu alerta e Beauterne disparou seu mosquete acertando em cheio o dorso da fera. Ela ainda saltou derrubando um dos homens, mas imediatamente os outros abriram fogo crivando o lobo com tiros certeiros. Um deles teria arrancado seu olho esquerdo e se alojado no crânio. A criatura ganiu e caiu morta, mas enquanto os homens comemoravam, ela de repente se ergueu e investiu novamente com uma ferocidade sobrenatural. Uma segunda saraivada de balas foi disparada e finalmente a fera acabou tomando. O golpe final foi desferido por Mani. Armado com uma afiada machadinha o nativo saltou sobre a fera, sua arma descreveu um giro no ar e caiu pesadamente despedaçando o crânio da besta. Aproximando-se cautelosamente os homens se colocaram a golpear a carcaça com baionetas e lanças compridas até reduzi-lo a uma coisa grotesca e sanguinolenta.

Os caçadores amarraram o que havia restado da fera em um estrado e o arrastaram até Pommier. Beauterne examinou cuidadosamente os restos da fera e concluiu que se tratava de um magnífico lobo medindo um pouco mais do que 1,80 m e pesando algo em torno de 90 quilos, com uma boca cheia de presas com mais de uma polegada de comprimento. Beauterne tentou preservar a criatura a fim de levá-la até o Rei, mas apesar de seus esforços, a carcaça havia recebido muitos danos durante a caçada. Tudo o que ele conseguiu salvar foram as orelhas, os dentes e o rabo, todo o resto foi queimado e enterrado nos arredores do vilarejo.


Por mais de um ano, as coisas ficaram tranquilas em Gevaudan e a vida foi voltando ao normal. Então, na primavera de 1767 as mortes reiniciaram. Duas crianças haviam desaparecido e o corpo de uma mulher sem a cabeça foi achado em um descampado. Beauterne foi chamado para retornar a Gevaudan, mas ele afirmou que aquelas mortes não eram o trabalho de um lobo, e sim de um maníaco.

Em 19 de junho do mesmo ano, um nobre local, o Marques d'Apcher organizou a maior beate já vista para encontrar o rastro do animal. Mais de trezentos homens a pé e montados vasculharam cada centímetro do bosque. Nada foi encontrado.
   
Na época, um homem misterioso chamado Jean Chastel passava pela região. Ele era um conhecido de Jacques Denis e se ofereceu para exterminar a fera. Ao contrário dos outros ele não era um caçador experiente, mas um especialista em folclore e superstições. Chastel afirmava que o responsável pela nova onda de mortes não era um simples lobo, mas uma besta sanguinária aprisionada no corpo de um homem. A luz fazia com que a fera no interior do culpado viesse à tona com um incontrolável desejo de matar. O espírito do lobo de Gevaudan havia contaminado esse homem o transformando em um assassino. Ele era um loup-garou.

O especialista conseguiu convencer as pessoas de Gevaudan a doar objetos de prata e quando tinha o suficiente mandou derreter tudo a fim de produzir projéteis que foram abençoadas pelo pároco local. O plano de Chastel era atrair o lobisomen para os limites do bosque. Ele preparou o lugar cuidadosamente e acompanhado de Denis recitou uma série de orações. Na alta madrugada, os dois perceberam movimento na mata e ficaram alerta. De repente uma besta em forma de lobo irrompeu da floresta e avançou na direção dos dois. Chastel disparou com suas pistolas e os projéteis de prata pura vararam o corpo da besta que caiu fulminada.

Assim como a fera morta por Antoine de Beauterne essa criatura era um enorme lobo, consideravelmente maior do que os outros que habitavam a floresta. O monstro foi estripado e dentro dele encontrou-se os restos de uma criança que havia desaparecido na véspera. A besta foi embalsamada e levada de cidade em cidade para que as pessoas pudessem vê-la, em troca de uma pequena contribuição, é claro. Infelizmente para a ciência moderna, os métodos de preservação da época não eram bons o bastante e o que restou da fera acabou chegando até Paris em um estado deplorável. O fedor incomodou o Rei de tal forma que ele ordenou que os restos fossem levados de sua presença imediatamente. Há informações contraditórias a respeito do que aconteceu com a Besta então. Para alguns ela foi queimada e suas cinzas espalhadas ao vento, apesar dos protestos de Chastel. Outros dizem que a carcaça chegou a ser levada até o genial taxidermista Beauterne que restaurou a fera e a vendeu para um nobre colecionador.

Seja como for, os restos da lendária Besta de Gevaudan jamais foram recuperados, causando mais de dois séculos de controvérsia a respeito de sua real identidade. Em 1960, após estudar a transcrição de Antoine de Beauterne a respeito do processo de dissecção da fera por ele abatida, uma comissão de zoólogos concluiu que o animal descrito era realmente um lobo. Franz Jullien, taxidermista do Museu Nacional de História Natural de Paris, encontrou amostras dos dentes da Besta de Gevaudan guardadas no arquivo do Museu e as submeteu a testes, concluindo que se tratavam realmente de presas de um lobo de grande porte. Em 1979, restos de um animal empalhado foram encontrados guardados no depósito do museu em uma caixa. Segundo boatos, seriam os restos do espécime que Jean Chastel abateu com suas balas de prata. O animal foi aparentemente identificado como uma hiena nativa do Norte da África, Oriente Médio, Paquistão e Oeste da India.  

Seria a Besta de Gevaudan uma enorme hiena e não um lobo? A ideia foi contemplada entre outros pelo novelista Henri Pourrat e pelo naturalista Gerard Menatorv que propuseram a hipótese de uma hiena ter sido trazida por negociantes de naimais e uma vez recusada em um zoológico, libertada na floresta. Há ainda outra hipótese que coloca em xeque a credibilidade de Jean Chastel. Segundo rumores, o pai de Chastel possuía uma hiena em sua menageria (um termo do século XVII usadopara coleções de animais mantidos em cativeiro). Alguns pesquisadores acreditam na possibiliadde de Jean Chastel ter inventado a estória a respeito do loup-garou e usado a hiena que pertencia a menagerie de seu pai para se auto-promover.

Isso levanta a questão a respeito de quem seria então o responsável pelas mortes após Beauterne ter eliminado o grande lobo. Para alguns, Chastel ou alguém muito próximo a ele teria deliberadamente assassinato inocentes para criar a impressão de que a Besta ainda vagava por Gevaudan fazendo vítimas. Para muitos, o misterioso Chastel era um homem de moral dúbia, ganancioso e ávido por riquezas. Uma das razões pelas quais o Rei Luis XV se negou a recebê-lo foi justamente por ele ter tentado vender ao monarca, por um preço exorbitante, os restos da fera abatida. Chastel morreu em relativa obscuridade, mas não é totalmente surpreendente que alguns afirmem que ele teria se tornado um algoz da nobreza e que desempenhou o papel de perseguir nobres após a Revolução.

É claro, tudo isso é mera especulação uma vez que não há como determinar historicamente se houve mais de uma Besta de Gevaudan. O que se sabe é que o sentimento de terror que tomou conta da região entre 1764 e 1767 foi muito bem documentado na época. A população de lobos também foi drasticamente reduzida chegando praticamente a extinção por conta das caçadas empreendidas naqueles três anos.

O que levou um lobo a emergir das floresta para matar indiscriminadamente os habitantes de uma pequena província na França continua sendo um mistério. Mas um marco de pedra foi construído no local, lembrando a todos daqueles dias de medo.

Fonte:https://mundotentacular.blogspot.com/2013/11/a-besta-de-gevaudan-franca-aterrorizada.html