“One Piece”: Netflix nos da uma pequena previa com trailer final

 

Tá chegando! A adaptação em série de “One Piece”, um dos mangás de maior sucesso de todos os tempos, chega amanhã (31), em no catálogo da Netflix. Para esquentar ainda mais esse lançamento, a plataforma divulgou o trailer final, que chegou cheio de emoções!

Na produção, Luffy busca o tesouro One Piece para se tornar o Rei dos Piratas. O jovem logo forma a Tripulação do Chapéu de Palha com Zoro, Nami, Usopp e Sanji e zarpa em direção à aventura em alto mar, recheada de desafios e inimigos.

Assista ao trailer:

Vale ressaltar que “One Piece: A Série” chega ao catálogo da Netflix em 31 de agosto deste ano. Até lá, é possível assistir às 15 temporadas do anime que estão disponíveis na plataforma.

FONTE:PAPEL POP

Vampira de Belém - Quem foi a cantora lírica Marie Camille Montfort (ela existiu mesmo?)

 


Você já ouviu falar em Marie Camille Monfort?

Recentemente, em Junho de 2023 começaram a pipocar em redes sociais imagens de uma suposta cantora lírica que viveu no final do século XIX e que teria imigrado da França e se radicado na cidade de Belém do Pará

A história para quem não leu é a seguinte: 

CAMILLE MONFORT, A VAMPIRA DA AMAZÔNIA

Em 1896, Belém prosperava com a venda da borracha amazônica para o mundo, enriquecendo fazendeiros, da noite para o dia, que construíam seus ricos palacetes com materiais vindos da Europa.

O Theatro da Paz era o centro da vida cultural na Amazônia, com concertos de artistas europeus. Entre eles um chamou especial atenção do público, o da bela cantora lírica francesa Camille Monfort (1869 - 1896), que causou desejos desenfreados em ricos senhores da região, e ciúmes atrozes em suas esposas por sua grande beleza.

Camille Monfort também causou indignação por seu comportamento livre das convenções sociais de seu tempo --- ela era vista, semi nua, a dançar pelas ruas de Belém, enquanto se refrescava sob a chuva da tarde; era também vista em solitários passeios noturnos, com seus longos vestidos negros esvoaçantes, à beira do Rio Guajará.

Logo, ao seu redor, boatos se criaram e deram vida a comentários maledicentes sobre sua pessoa. Dizia-se que era amante de Francisco Bolonha, que a trouxera da Europa, e que este lhe dava banho com caríssimas champanhes importadas da França, na banheira de seu palacete; dizia-se também que ela fora atacada pelo vampirismo em Londres, devido sua palidez e aspecto doentio, e que trouxera este grande mal à Belém, possuindo misteriosa necessidade de beber sangue humano, ao ponto de hipnotizar jovens mocinhas com sua voz em seus concertos, fazendo-as adormecerem em seu camarim, e terem seus pescoços sugados pela misteriosa dama. [O que, curiosamente, coincidiu com relatos de desmaio nas dependências do teatro durante seus concertos, que eram explicados como apenas o efeito da forte emoção produzida por sua música aos ouvidos do público]; dizia-se também que ela possuiria o poder de se comunicar com os mortos e materializar seus espíritos em densas brumas etéreas de materiais ectoplasmáticos expelido de seu próprio corpo em sessões mediúnicas. [Eram, sem dúvida, as primeiras manifestações na Amazônica do que mais tarde viria ser chamado de Espiritismo, praticado em misteriosos cultos em palacetes de Belém, como o Palacete Pinho].

Em finais de 1896, um terrível surto de cólera devastou a cidade de Belém, fazendo uma de suas vítimas Camille Monfort que faleceu, sendo sepultada no Cemitério da Soledade.

Hoje, sua sepultura está lá, tomada pelo limo, musgo e pelas folhas secas, sob uma enorme mangueira que faz o túmulo mergulhar na obscuridade de sua sombra, apenas clareada por alguns raios de sol que se projetavam por entre suas folhas verdes. É um mausoléu de linhas neoclássicas com um portão fechado por um velho cadeado enferrujado, de onde pode-se ver um busto feminino em mármore branco sobre a ampla tampa do túmulo abandonado; e, fixado à parede, uma pequena imagem emoldurada de uma mulher vestida de preto; e em sua lápide pode-se ler a inscrição:

Aqui Jaz
Camille Marie Monfort (1869 - 1896)
A Voz que Encantou o Mundo

Mas há aqueles que, ainda hoje, dizem que seu túmulo está vazio, que sua morte e enterro não passaram de encenação para acobertar seu caso de vampirismo; e que Camille Monfort ainda vive na Europa, hoje aos 154 anos de vida.

Quando você visitar o Cemitério da Soledade, em Belém, não esqueça de visitar seu túmulo, e lhe depositar uma rosa; e não se assuste se noutro dia a rosa tenha se tornado em sangue


Com tantos detalhes e com a repercussão resultante, algumas pessoas começaram a se perguntar se a tal cantora lírica realmente existiu e se a sua história poderia ter algum fundo de verdade.

Infelizmente, como acontece frequentemente com as coisas postadas na internet, é bom manter um pé atrás quanto às informações. Nesse caso, a verdade é que a fascinante história não passa de um conto. Sendo bastante objetivo: A moça não existiu no mundo real.

De acordo com historiadores procurados para dar seu parecer sobre a história, não há registros sobre nenhum Camille Montfort em veículos da época. Se ela fosse tão famosa e reconhecida mundialmente, haveria uma boa quantidade de informações sobre ela, mas uma breve pesquisa resulta em zero achados.

Além disso os jornais e revistas paraenses da época (que não eram poucos) não mencionam sua visita e suas apresentações no Teatro Nacional. De fato, na época o Teatro estava passando por uma reforma e se encontrava fechado, ou seja, ninguém estava se apresentando lá no período que ela supostamente teria feito sua turnê. Além disso, é possível constatar que artistas famosos realmente estiveram em Belém para apresentações, contudo é impossível que tal coisa tenha acontecido sem receber ampla cobertura da imprensa local. A vida social bastante ativa na cidade dava ensejo a várias colunas sociais, e mesmo uma visita breve não passaria desapercebida da mídia.

Conforme dito, Belém e Manaus, as maiores cidades da região amazônica experimentaram um acelerado desenvolvimento no início do século graças ao boom da borracha que fez a fortuna de muitas pessoas. Isso permitiu às cidades se modernizarem e abraçar uma vida cultural efusiva. O inusitado de possuir teatros requintados bem no meio da Amazônia, também servia de chamariz para os artistas que desejavam conhecer essa região do país.

A inserção de personagens famosos da vida social de Belém do Pará no período confere uma aura de credibilidade à ficção. O nome de Francisco Bolonha nos faz erguer uma sobrancelha, já que ele realmente era um figura conhecida na cidade, mencionado anteriormente em artigos que também ganharam fama circulando pelas redes sociais. 

Francisco foi o construtor do chamado Palácio Bolonha, uma mansão em Belém do Pará que também possui fama de ser assombrada. Aqui no Blog falamos à respeito do palácio Bolonha e das muitas lendas fantasmagóricas que cercam a bela propriedade. Sobre essas histórias, os leitores podem encontrar um link no final desse artigo. 

Quanto a imagem de Camille Montfort, supostamente retratada no ano de 1901 por um estúdio inglês não restam informações que possam corroborar sua veracidade. É bastante fácil "trabalhar" fotos e alterá-las para que pareçam antigas. O estúdio em questão no número 55 da Baker Street de fato existiu, mas essa moldura, com endereço, pode ser facilmente encontrada na internet e encaixada sobre uma fotografia recente mas devidamente alterada para parecer autêntica. 

O estúdio em questão foi destruído na década de 1940 durante os ataques aéreos sofridos pela capital britânica. Os registros de clientes desapareceram após o conflito e não restaram negativos dessa fotografia em especial.  



Além disso, as pessoas mais atentas chamaram a atenção para o fato da personagem vista na foto estar segurando um suposto smartphone. Alguns supõem que, o que ela estaria segurando, é na verdade um cabinet (um tipo de porta cartão de visitas), item bastante comum na época. 

Contudo, parece bastante um smartphone novinho em folha, saído da loja.

Outro detalhe que contradiz diretamente a narrativa é que no Cemitério da Soledade, não existe nenhuma lápide ou jazigo com o nome Montfort. Alguns curiosos visitaram o cemitério e perguntaram à respeito obtendo zero informações. Não satisfeitos com isso, alguns chegaram até a procurar entre as lápides pelo jazigo da personagem. Não acharam sinal do mausoléu identificado no conto.

Os registros do Cemitério de Soledade são bastante completos e encontram-se em ordem. Eles não citam em parte alguma o enterro de uma mulher de nome Camille Montfort ou a localização de seu descanso eterno nas dependências do cemitério. Seria virtualmente impossível o registro ter sido adulterado ou ignorar a presença de um jazigo de uma estrangeira, quanto mais uma famosa. 

Ao que tudo sugere, o busto de mármore branco citado no texto também pertence a outra pessoa. No caso a estátua estaria no mausoléu da família do Senador Justo ChermontVisconde de Ariri, um conhecido político falecido em 1926. O mausoléu é considerado um dos mais belos e bem cuidados do Cemitério e possivelmente serviu de inspiração. 

Considerando tudo isso, parece correto afirmar que tudo não passa de uma invenção. Mas se esse é o caso, de onde vem essa história e com que propósito ela foi criada? 

A biografia enigmática de uma cantora lírica de espírito independente que vem da França e que luta pelo direito ao voto feminino em pleno século XIX e mais, que, com seu comportamento livre choca a conservadora sociedade paraense parece algo tirado de romance. E de fato, ele é parte do roteiro de um livro que tem por título "Após a Chuva da Tarde – A Lenda do Cão Fantasma do Palacete Bolonha", do escritor belenense Bosco Chancen.

O romance escrito em estilo gótico adapta ao nosso clima tropical e aos palacetes da cidade de Belém, personagens reais, lendas amazônicas, romance e vampirismo. Segundo a descrição do livro: 

"Ficção e realidade se confundem na trama que aproveita a atmosfera sombria da floresta amazônica para contar histórias assombradas."

O autor Bosco Chancen ou alguém próximo a ele provavelmente aproveitou para inserir o rumor nas redes sociais como forma de chamar a atenção para sua personagem. Uma forma inteligente de atrair leitores para seu trabalho. Confesso que funcionou, já que eu mesmo fiquei curioso, querendo saber mais sobre o livro.

Nem tudo é o que parece, mas que daria uma bela história, daria.

Fonte:https://mundotentacular.blogspot.com/2023/08/vampira-de-belem-quem-foi-cantora.html

BTS – Bring the Soul’ ganha data de estreia na Netflix

 


O documentário sucesso ‘BTS – Bring the Soul’ ganhou data de estreia na Netflix.

O filme será lançado no catálogo dia 10 de Agosto.

‘BTS – Bring the Soul’ mostra o grupo no dia seguinte ao show final de sua turnê pela Europa.

Após o último dia da turnê “Love Yourself”, os integrantes do boygroup BTS contam histórias pessoais, permitindo que os fãs conheçam o grupo em sua intimidade. Os sete cantores compartilham momentos icônicos da turnê com apresentações ao vivo e bastidores, revelando tudo o que está por trás de suas grandes produções.

Fonte:https://cinepop.com.br/bts-bring-the-soul-ganha-data-de-estreia-na-netflix-434535/


A Lenda da Kikimora

 

                                                


Kikimora (pronuncia-se Kih- kee -mora) é um espírito feminino da tradição eslava que pode ser útil ou malévolo, dependendo do comportamento do proprietário. Em diferentes versões de suas histórias, existem dois tipos de espírito, um geralmente útil e outro prejudicial, ambos retratados como uma mulher às vezes com bico de galinha ou bico de pato.

Um kikimora também pode ter o focinho de um cachorro ou algum outro aspecto do rosto ou corpo de um animal, mas é sempre feminino e pode aparecer simplesmente como uma velha, uma linda garota ou uma empregada doméstica. Os problemas no lar eram atribuídos a esses espíritos que, segundo se pensava, agiam porque as pessoas da casa não conseguiam mantê-la em ordem ou porque geravam energias negativas por meio de seu comportamento. A kikimora que é casada com o espírito doméstico masculino conhecido como domovoi (também conhecido como demovik , demovoy) é geralmente benevolente enquanto o do pântano, às vezes associado à entidade Leshy, sequestra crianças e adultos desavisados ​​que se perdem na selva e também entram nas casas pelo buraco da fechadura para causar travessuras; este kikimora está associado à atividade demoníaca e especificamente à bruxa eslava Baba Yaga .

Um gentil kikimora que aprova a manutenção da casa vai contribuir e ajudar no trabalho, só causando problemas se as pessoas forem preguiçosas e não conseguirem manter a ordem. Se alguém deseja se livrar de uma kikimora, a maneira mais segura é manter a casa tão limpa que ela se aborrece e vai embora; essa crença inspirou as mulheres a serem diligentes no trabalho doméstico. Da mesma forma, as crianças aprenderam que o kikimora era atraído pelo barulho à noite e, portanto, deveriam ficar quietos e ir para a cama quando informados ou um kikimora iria tirar o fôlego, causar pesadelos terríveis ou levá-los embora; isso encorajou uma rotina noturna ordenada.

A figura se desenvolveu em algum momento antes do século 8-13, quando o paganismo eslavo foi substituído pelo cristianismo . Mesmo após a aceitação e disseminação do cristianismo, que desvalorizou e descartou muitas entidades sobrenaturais eslavas, o kikimora continuou como uma realidade nos lares eslavos simplesmente porque a crença ajudava a manter a ordem e a disciplina e explicava o inexplicável, incluindo terrores noturnos, itens perdidos, mortes. de mulheres e crianças e ruídos ou ocorrências estranhas em casa.

A figura é mais conhecida hoje pela série de televisão da Netflix The Witcher , adaptada da série de livros de mesmo nome, que também inspirou o popular videogame, embora o kikimora em todos eles não tenha nenhuma semelhança com a figura mitológica. A crença no kikimora continua nos dias atuais através da religião popular eslava e sua associação com o diabo e as forças demoníacas no cristianismo eslavo.
Origem do nome

O inglês kikimora possivelmente vem do russo kuku'mopa , um nome cujo significado é debatido. Segundo a escritora Ronesa Aveela, o nome pode ter derivado da palavra finlandesa para 'espantalho' ou da mora eslava para os mortos. Outras sugestões ligam a etimologia às palavras para demônio, morte, desonestidade, pesadelos, choro ou uivo. A conexão do nome com os conceitos de morte, choro e uivo faz mais sentido porque o kikimora, entre suas muitas outras atividades noturnas, era considerado a causa da paralisia do sono durante a qual uma pessoa está acordada, mas imobilizada; pensava-se que o kikimora estava sentado no peito da pessoa durante esse tempo, impedindo-a de chorar e aterrorizando-a com pensamentos de morte.

O conceito de espírito doméstico aparece em culturas ao redor do mundo desde a antiguidade até o presente. Os Manes, Lares e Penates da Roma antiga serviam alguns dos mesmos propósitos básicos que os Bes no antigo Egito , o Brownie da Escócia e Inglaterra , ou qualquer outro "povo pequenino" que invisivelmente habita a casa como protetores da família e ajudantes como desde que eles e seu ambiente sejam honrados e tratados com respeito. Caso contrário, causam problemas de alguma forma relacionados ao insulto percebido e, por exemplo, se não forem lembrados com um lanche deixado na mesa da cozinha, em vez de arrumar durante a noite, podem jogar as cinzas da lareira ao redor da sala.

O kikimora pode ter se originado em uma lenda com Svarog (também dado como Swarog), o deus do céu, fogo, lareira e forja na religião eslava pré-cristã. Neste conto, Svarog cria um espaço ideal nos céus para todas as belas entidades que o cercam, mas, com o tempo, vários desses espíritos ficam insatisfeitos com seu paraíso e querem as coisas do seu jeito.

Os espíritos conspiram para derrubar Svarog, mas ele é um deus, afinal, e sabe de seu plano antes que eles possam colocá-lo em ação. Ele pega os conspiradores e os lança dos céus para a terra, onde ele decreta que eles permanecerão. Eles caem pelos céus e nas chaminés das casas, alojando-se na lareira. Arrependidos de sua tolice, eles juram cuidar dos habitantes das casas, mantendo o fogo aceso, alertando a família sobre possíveis perigos e ajudando a manter a ordem e as energias brilhantes no lar.

O cristianismo suprimiu as crenças pagãs eslavas ou as transformou, e muitos detalhes da antiga fé foram perdidos. Não há, portanto, uma data definida para o aparecimento do kikimora na cultura eslava nem para este conto em particular e, portanto, a conexão é totalmente especulativa. Os espíritos domésticos nesta história não são conhecidos por agirem quando se sentem menosprezados, o que é uma característica significativa dos kikimora, então pode não haver nenhuma conexão. É possível, no entanto, que o conceito de espírito doméstico particularmente eslavo tenha se originado ou tenha sido influenciado por esse conto, já que o kikimora (e domovoi) é quase sempre associado à lareira e dizem que vive atrás do fogão.

Origem Lendária

Mesmo assim, na lenda, sua origem não tem nada a ver com a lareira, mas geralmente envolve a morte trágica de um bebê ou criança, uma mulher (seja antes do casamento, no parto ou na velhice) ou uma mulher sendo seduzida por um entidade demoníaca. Não existe uma história de origem única para eles, mas sim uma variedade de eventos pensados ​​para lhes dar vida.

Acreditava-se que crianças natimortas e abortos espontâneos se tornavam um kikimora, assim como uma criança que morria antes de ser batizada. A alma de uma mulher que cometeu suicídio também era considerada uma kikimora, assim como as de matriarcas que costumavam supervisionar a casa e se recusavam a sair quando morriam. Crianças amaldiçoadas por seus pais por qualquer motivo também eram consideradas prováveis ​​candidatas, pois a maldição chamava a atenção do diabo para a criança, que então começava a trabalhar suas influências até que a alma da criança se transformasse em um kikimora.

Como o espírito era entendido como feminino, as meninas corriam principalmente risco, mas parece que os meninos também podem ter sido transformados. Mulheres jovens em idade de casar eram consideradas especialmente suscetíveis à magia diabólica na forma de jovens bonitos, na verdade demônios, que as seduziam com presentes luxuosos ou, geralmente, deixavam itens atraentes ao longo dos caminhos que a mulher percorreria e, se ela trouxesse um para casa, ela deu permissão ao demônio para entrar na casa. Assim que o demônio engravidou a mulher, ele saiu e os presentes viraram cinzas; seu filho nasceria deformado com orelhas pontudas e depois se tornaria um kikimora.

Um medo comum tinha a ver com o changeling – uma criança demoníaca que substituía o filho real, geralmente na infância – e isso era associado a um kikimora. Acreditava-se que o espírito entrava pelo buraco da fechadura de uma casa, substituía o filho de alguém pelo seu e saía silenciosamente para criar o bebê como um kikimora. Os estudiosos Maria Leach e Jerome Fried comentam sobre a crença no buraco da fechadura como um dos pontos de entrada mais comuns para os espíritos em uma casa, incluindo o kikimora:


O buraco da fechadura, em comum com a porta, chaminé ou outras aberturas da casa, é um local de entrada de demônios, bruxas ou o diabo. Se a chave for deixada no buraco da fechadura, nenhum espírito maligno pode entrar... O medo do buraco da fechadura aberto é especialmente grande quando há uma criança recém-nascida em casa devido à crença em changelings. (576)


Uma vez que o filho do kikimora é trocado pelo bebê mortal, os pais o criam como se fosse seu até perceberem um comportamento peculiar que os alerta para a verdadeira identidade de seu filho como um kikimora. Aveela cita o exemplo de pais que decidiram não ensinar seus filhos a ler antes de sua faixa etária porque outras pessoas na comunidade poderiam considerá-lo um kikimora.

Aparência

A kikimora é geralmente representada como uma velha com roupas desbotadas ou esfarrapadas e um lenço na cabeça, mas ela pode assumir muitas formas diferentes. Às vezes é uma mulher com bico de galinha ou algum outro atributo de animal doméstico, outras vezes é uma bela jovem; ela pode assumir a imagem de um membro da família falecido ou pode aparecer como uma entidade peluda semelhante a uma cabra com olhos e chifres brilhantes. Ela às vezes é associada a bruxas, e algumas das possíveis origens das bruxas foram ligadas à criação de um kikimora. O estudioso Andreas Johns comenta:


A crença popular fornece muitas explicações sobre como as mulheres se tornam bruxas: a sétima menina nascida na família se torna [uma bruxa ou] em três gerações de meninas nascidas fora do casamento, a menina da terceira geração se torna uma bruxa ou uma bruxa moribunda transfere seu poder para outra mulher. (55)

A associação dos kikimora com bruxas parece ter às vezes ligado o espírito à infame bruxa Baba Yaga, que voou pelos céus em um almofariz impulsionado por um pilão em busca de crianças que ela pudesse transformar em sua refeição noturna. Assim como Baba Yaga atacava os jovens, um kikimora também o fazia, e ambos tinham poderes sobrenaturais significativos. Este aspecto do kikimora está em desacordo com seu papel como um protetor benigno e ajudante em casa, mas é entendido como aplicável com mais frequência a apenas um dos dois tipos de kikimora.
Kikimora, Domovoi e Leshy

Conforme observado, o espírito é de dois tipos distintos: um benigno e outro malévolo. A prestativa kikimora viverá feliz com uma família e ajudará na organização e limpeza de uma casa, a menos que seja desrespeitada. Esse espírito é entendido como casado com o domovoi da casa, que também é benigno e solidário, a menos que se irrite. Comentário de Leach e Fried:


[Os domovoi são definidos como] "Aquele da casa": um espírito doméstico russo, ancestral e geralmente o fundador da família, que zela e protege os habitantes da casa, cuidando para que tudo esteja em ordem…O demovik vive atrás do fogão, gosta de fogo, e um de seus castigos quando a família o desagrada é incendiar a casa. Quando a família se muda, as brasas do antigo fogo são levadas para a nova casa, e o demovik é recebido lá quando o novo fogo é aceso. Ele é um velho de barba grisalha, muito parecido com o chefe vivo da família. Seu nome correto nunca é usado; ele é chamado de "ele" ou "ele mesmo" ou "avô". Algumas vezes a ceia é deixada de fora durante a noite para o demovik, que se movimenta no escuro, sempre ocupado, protegendo-se contra a intrusão de espíritos estranhos e hostis... Existem vários tipos de demoviks: o espírito do celeiro, o espírito da cozinha ou o espírito do banheiro. Toda casa os tem. (321)

O domovoi é entendido como a personificação de uma Vara – o deus pré-cristão de uma família – e seu objetivo é garantir o bem-estar dessa família. Quando uma família se muda, se o domovoi não for formalmente convidado, ele permanece na antiga casa e brigará com o domovoi da nova família, causando todo tipo de transtorno, até que o convite seja devidamente feito e ele se mude para a nova casa. O kikimora associado a domovoi serve a esse mesmo propósito como uma entidade protetora, mas o kikimora ligado a Leshy é um tipo de espírito completamente diferente.

Domovoi
Ivan Bilibin (Domínio Público)

Leshy é uma entidade sobrenatural que reina sobre a floresta, protegendo a vida selvagem, as plantas e as árvores do abuso por parte dos humanos, permitindo uma caça respeitosa e a colheita de madeira. A estudiosa Carol Rose descreve a figura:


Seu nome é derivado da palavra les , que significa "floresta". Ele é descrito como tendo a forma de um humano, mas com carne estranhamente pálida, olhos verdes, barba verde e cabelos longos e desgrenhados, usando botas nos pés errados e sem projetar sombra. O Leshy era um metamorfo que podia ficar tão alto e parecido com as árvores da floresta ou assumir o tamanho de uma folha de grama. Ele conhecia e sabia fazer todos os barulhos da floresta, enganando os humanos que por ali vagavam. (222)

As pessoas que vagavam pela floresta, ou aquelas que Leshy achavam que estavam ali para causar problemas, eram atraídas cada vez mais para o fundo dos matagais e nunca mais eram vistas. O Leshy era casado com uma entidade semelhante geralmente conhecida como Lesovikha, com quem tem filhos conhecidos como Leshonki , que crescerão para encontrar suas próprias florestas para proteger. A figura de Lesovikha às vezes é associada ou substituída por um kikimora que vive nos pântanos próximos às florestas.

Este kikimora é temperamental e antagônico e é atraído para casas com energia escura, como aquelas em que a violência doméstica é uma ocorrência diária, entrando pelo buraco da fechadura. A família fica sabendo de sua presença pela manhã por suas pegadas molhadas no chão, mas logo conhece sua ira regularmente quando ela quebra itens, rouba objetos, causa pesadelos e pode até sequestrar crianças, especialmente aquelas que foram amaldiçoadas por seus pais. pais, um ato também associado ao Leshy. A criança sequestrada seria então criada para se tornar uma kikimora.
Conclusão

Os kikimora, como a maioria das entidades sobrenaturais, serviam para encorajar a observância de valores culturais. Se uma mulher não mantivesse uma casa limpa, se um marido fosse abusivo e preguiçoso, se os filhos fossem mal disciplinados, pensava-se que eles estavam enviando um convite a um kikimora para habitar a casa. Uma vez dentro de casa, conforme observado, só se podia livrar-se deles invertendo o comportamento, respeitando sua presença e deixando-lhes presentes e petiscos.

Os espíritos também explicaram eventos trágicos como a morte de uma criança, jovem, gestante ou matriarca que estava com boa saúde. Esses eventos foram atribuídos aos malévolos kikimora do pântano, que poderiam facilmente levar uma criança que era amada e desejada como aquela cujos pais a amaldiçoaram. Eles também eram considerados a causa de aborrecimentos mundanos, como a perda de objetos comuns. Se alguém não conseguisse encontrar seu ancinho, enxada ou lanterna, a culpa era de um kikimora, e eles não tinham obrigação de devolver nada.

Kikimora em The Witcher
Netflix (Direitos autorais, uso justo)

Nos livros, programas e videogames de The Witcher , o kikimora é apresentado como um enorme monstro parecido com uma aranha com uma casca grossa. O autor, Andrzej Sapkowski, baseou-se no conhecimento eslavo para criar muitas das criaturas que o herói, Geralt de Rivia (o Witcher), luta, mas mudou-as significativamente para fins dramáticos. No mundo dos romances, shows e jogos, um guerreiro lutando contra um pequeno espírito doméstico com bico de pato pareceria absurdo; mas aqueles que afirmaram ter experimentado um kikimora raivoso provavelmente prefeririam enfrentar uma aranha gigante a qualquer momento.

Fonte;https://www.worldhistory.org/Kikimora/



O que é o Iluminismo?


 

As igrejas da Antártida


Hoje eu compartilho com vocês, esta postagem sobre as singulares igrejinhas no continente gelado...

Segue adaptação:


"Mesmo na Antártida* se pode encontrar igrejas e templos. Os valentes pesquisadores do continente gelado também precisam de apoio espiritual, inclusive talvez, mais do que outras pessoas...
Este post apresenta os locais mais meridionais de culto do mundo...


A capela das neves


A capela cristã não confessional, é um dos templos mais austrais do mundo. Sob a autoridade da Estação McMurdo dos EUA na Antártida, localizada na ilha de Ross, é um templo não muito afortunado.
Apesar de ter sido construída em uma paisagem congelada e desolada, a capela foi duas vezes destruída pelo fogo.




A construção original, foi devastada em um incêndio que começou na sala de aquecimento, enquanto que a sua substituta, pegou fogo durante uma forte tempestade, após ter ficado abandonada por vários anos.


O detalhe do vitral com o desenho do continente.


A igreja atual, também foi construída pelos residentes da estação e possui um curioso vitral personalizado, com uma mancha com o formato do continente gelado.
Durante o inverno, a estação abriga cerca de 200 pessoas, enquanto que no verão, às vezes chega a ter 1.000 visitantes.



A igreja das neves, também trata de atender os fiéis de todas as religiões e o Padre Michael Smith, ficou conhecido por conduzir serviços budistas e cerimônias Baha'i.



Igreja da Santíssima Trindade.

]
Construída na Rússia na década de 1990 com pinho siberiano, foi transportada em um navio de abastecimento até a estação Russa (da antiga União Soviética), Bellingshausen na ilha Rei George. Dois monges de um mosteiro Russo, primeiramente ofereceram cultos na igreja durante todo o ano e desde então, há um rodízio de sacerdotes durante o ano todo.



Desafiando o poder destrutivo dos ventos polares, a estrutura de madeira com entalhes, está a 15 metros de altura. A Igreja Ortodoxa pode acomodar até 30 visitantes e atende às necessidades espirituais dos russos, poloneses, chilenos e coreanos residentes nas estações próximas. Alguns serviços são na verdade, realizados em espanhol.

Os deveres dos sacerdotes incluem também, orar pelas almas dos 64 russos que perderam suas vidas em diversas expedições. Embora raramente fique lotada, a igreja realizou uma cerimônia de casamento entre pesquisadores da Rússia e do Chile, assim como um ocasional batismo.




A capela de gelo em Belgrano II Base de Dados.


A igreja mais austral do mundo encontra-se em uma gruta de gelo na base Argentina Belgrano II.
Dia e noite, aqui são alternados em intervalos de 4 meses, e no céu da noite se pode observar a aurora australis.



A igreja de São Francisco de Assis


A Estação Base Esperanza, uma das 13 bases de pesquisa da Argentina na Antártida, é considerada pelos argentinos como a 'cidade' (Apesar de que o lugar está mais para uma aldeia...) mais meridional do mundo.



A base de investigação possui além da igreja, uma escola permanente com professores, um museu, um bar e um hospital com instalações de maternidade permanentes, onde já nasceram vários cidadãos Antárticos.



E enquanto é claramente importante para os pesquisadores ficarem perto de Deus durante o seu tempo na Antártica, eles também não veem mal algum em ter um cassino (que também serve como centro da comunidade).



Capela de São Ivã de Rila.


Localizada na ilha Livingston, a Igreja ortodoxa construída na estação polar búlgara, possui quatro pesquisadores fixos desde o ano 1988.




Apesar da simplicidade, possui inclusive um sino real, doado pelo ex-primeiro ministro da Bulgária, quem certa vez, trabalhou como médico da estação.



Capela Santa María Reina de la Paz.


Talvez esta seja a única igreja no mundo, construída de contentores de carga.
As cerimônias religiosas são realizadas por um diácono que vive na base.
Situada no maior assentamento na Antártida, Villa las Estrellas, aqui vivem durante todo o ano, as famílias dos trabalhadores da base militar chilena. A população no verão pode chegar até 120 pessoas e 80 no inverno. A base possui uma escola, um albergue, um escritório de correios e um banco.





Capela de Nossa Senhora de Luján.


A capela se encontra em outra base argentina, a base Marambio.
Posando para a foto, em frente da capela católica estruturada em aço, o Padre Nicholas Daniel Julián aparece bem trajado em um casaco de frio. Ele ajudou a construir a igreja na base permanente.

Durante a construção, foi criada a primeira pista de pouso na Antártida, e ainda é utilizada com muita frequência.
Devido a isso, a estação também é chamada de 'A porta de entrada à Antártida.'





A Igreja dos baleeiros.


Uma igreja que merece atenção, apesar de não estar na Antártida, mas localizada bem perto do Círculo Polar Sul, é a Igreja dos baleeiros.
Esta igreja luterana norueguesa foi construída no povoado baleeiro de Grytviken, na Georgia do Sul, em 1913.



Foi construída pelos próprios marinheiros e é o único edifício no povoado, que ainda é utilizado para o seu propósito original. A estação baleeira foi abandonada em 1966.



Quando o assentamento foi estabelecido pela primeira vez em 1904, foram abatidas 195 baleias na primeira temporada.
Os baleeiros usavam todas as partes dos animais - da gordura, carne, ossos e vísceras eram extraídos o óleo e os ossos e a carne, eram transformados em fertilizantes e forragem.




Elefantes marinhos também foram caçados por sua gordura. Cerca de 300 homens trabalharam na estação durante o seu apogeu, operando durante o verão austral de outubro a março.




A população de baleias dos mares ao redor da ilha, foi substancialmente reduzida ao longo dos 60 anos de operação da estação, até que foi fechada.
Naquela altura, as populações de baleias eram tão baixas, que a sua exploração contínua era inviável.




Mesmo agora, a costa em torno de Grytviken está repleta de ossos de baleia e os restos enferrujados de plantas de processamento de óleo de baleia e navios baleeiros abandonados.




Em 1998, a igreja dos baleeiros foi reformada pelos detentores do South Georgia Museum (Museu do Sul da Georgia), que está localizado agora na casa do gerente da antiga estação baleeira.
A igreja é raramente utilizada, exceto para cerimônias ocasionais de casamento, geralmente de descendentes de baleeiros que foram enterrados no assentamento.




Vocês também podem conferir a igreja e a estação baleeira abandonada, em uma aparição no filme, premiado com o Oscar, Happy Feet (Happy Feet: O Pinguim) de 2006."




Fonte:Rusmea.com

Imagens proibidas da Coreia do Norte

A maioria das pessoas sabe que a Coreia do Norte é um país estranho, assustador e de certa forma, distante, muito distante...

Mas estas fotos do fotógrafo Eric Lafforgue mostram um lado ainda mais sombrio do país, que a maioria das pessoas não conhece...

Continua adaptação:

"Eric bravamente explorou a Coreia do Norte seis vezes, contrabandeando de volta as evidências fotográficas. Ele foi capaz de transportar essas fotos para além das fronteiras do país comunista, usando cartões de memória digital. Ele passou sérios riscos, mas o resultado, sem dúvida alguma, valeu a pena.

Lafforgue queria mostrar que os norte-coreanos são seres humanos que também sofrem, não robôs.

'Este soldado estava dormindo em um campo. Esta foto realmente contribuiu para que me banissem do país.' 

'Eu fui banido depois da minha última viagem, em setembro de 2012, quando eu publiquei algumas fotos na web. Os norte-coreanos viram e me pediram para excluí-las, pois julgaram ser muito ofensivas. Eu Recusei, já que pensei ser injusto não mostrar a realidade do país', disse ele ao site News.com.au. Ele disse que a vida fora de Pyongyang e das principais cidades era difícil para os moradores.

'Uma mulher no meio de uma multidão de soldados.
Esta imagem não era para ser tomada, já que oficialmente não são permitidas fotos que mostrem o exército.'

'A vida é brutal em muitos lugares da Coreia do Norte, longe do padrão ocidental.'



Kim Jong-un
Em uma pequena vila de pescadores, em que Lafforgue visitou várias vezes, ele foi tratado como um convidado de honra. A cidade era tão isolada que nunca haviam visto um telefone celular e eles passavam seus dias pescando e cultivando algas.
'Mesmo com a sua vida difícil, eles me disseram, com lágrimas nos olhos, que veneram os queridos líderes... Ainda que às vezes, eles não tenham muito o que comer.'
Estas são as fotos que o líder Kim Jong-un não queria que o mundo lá fora visse.

'O exército norte-coreano é considerado um dos mais importantes do mundo. Mas ao viajar para lá, se vê muitas vezes os soldados fazendo tarefas servis, como ajudar os agricultores'
'Fora das áreas urbanas. Essa cena é bastante comum.'
'O sistema de metrô de Pyongyang é o mais profundo do mundo, uma vez que funciona como um abrigo antibombas. Alguém me viu tomando essa foto e me disse para excluí-la, já que mostrava o túnel.'
'As autoridades norte-coreanas odeiam quando tomam esse tipo de imagem. Mesmo quando eu explicava que a pobreza existe em todo o mundo, mesmo no meu país, eles me proibiam de tirar fotos dos pobres.'
'Quando os tempos são difíceis (como geralmente são aqui), as crianças podem ser encontradas trabalhando para as comunidades agrícolas.'
'Durante muito tempo, as proibições contra a venda no mercado ilegal foram rigorosamente cumpridas. Vendedores do mercado cinza são mais comuns. Eles ganham um pouco de dinheiro vendendo cigarros ou doces.'
'No dia do festival Kimjongilia, milhares de norte-coreanos devem fazer fila para visitar vários monumentos.'

'Pyongyang era para ser a vitrine da Coréia do Norte, de modo que os exteriores dos edifícios são cuidadosamente mantidos. Mas quando se tem a rara oportunidade de olhar dentro, a verdade sombria se torna aparente.'
'Como os carros se tornaram mais difundidos em Pyongyang, os camponeses ainda estão se acostumando a vê-los. Crianças brincam no meio das principais avenidas como antes, quando não haviam carros à vista.'
'Uma noite, no caminho de volta para o hotel, meu ônibus teve que tomar uma rota alternativa devido ao fechamento de ruas. Quando passamos por edifícios antigos, os guias me pediram para não fotografar com flash. A razão oficial era para evitar de assustar às pessoas.' 
'Uma visita à uma casa rural. Aquelas casas e as famílias que ali vivem, são cuidadosamente selecionadas pelo governo. Mas, às vezes, um detalhe como um banheiro usado como cisterna, mostra que os tempos são difíceis.'

'O transporte público que liga as principais cidades é quase inexistente. Os cidadãos precisam de autorização para ir de um lugar para outro. Nas estradas, se pode avistar soldados pedindo carona.'

'Mostrar a pobreza é proibido, mas a exibição de riqueza também é um grande tabu na Coréia do Norte. Em um parque, em uma tarde de domingo, eu encontrei este carro que pertence a alguém da elite de Pyongyang. Os donos estavam fazendo um churrasco.'
'É proibido tirar fotos de soldados relaxando.' 
'Também é proibido fotografar má nutrição.'

'Se pode encontrar todos os tipos de comida e bebidas em dois supermercados de Pyongyang, onde as coisas são vendidas em ambos euros e wons. Eles têm até água Evian. Só a elite pode comprar lá.'

'Não é um circo, eles são trabalhadores em um país com baixos padrões de segurança.'

'Ao visitar o parque aquático em Pyongyang, se pode fotografar os animais, mas não os soldados que compõem 99 por cento da multidão.'
'A paranoia é forte na mente norte-coreana. Tirei esta foto, em um parque de diversões, de uma mãe e um criança cansadas descansando em um banco. Pediram-me para apagar a imagem pois os guias cismaram de que eu teria dito que essas pessoas eram sem-teto.'

'Isso nunca deveria acontecer: uma vassoura em pé na base da estátua de Kim Il Sung em Mansudae, em Pyongyang.' 

'Esse tipo de imagem é generalizada no oeste, cujas legendas explicam que muitas vezes os norte-coreanos comem grama do parque. Os guias ficam furiosos se tomam uma foto dessas.'
'Quando se visita as famílias, os guias adoram que tirem fotos para mostrar ao mundo que as crianças têm computadores. Mas quando eles vêem que não há eletricidade, então eles te pedem para que delete as fotos.' 
'É absolutamente proibido tirar uma foto das estátuas de Kim, por trás. É considerado muito grosseiro.'
'Fila é um esporte nacional para os norte-coreanos. Esta é a fila para o ônibus.'
'Isto é o que acontece quando o ônibus quebra.' 

'No centro de arte de Pyongyang, tivemos uma queda de energia, um evento diário que norte-coreanos odeiam que mostrem. Quando isso acontece, eles dizem que é por causa do embargo americano.'

As fotos que Eric Lafforgue foi capaz de surrupiar para fora do país são impressionantes. O povo da Coreia do Norte enfrentam muitas dificuldades e temem o seu próprio governo, mas eles também são ferozmente leais ao seu líder. É uma estranha combinação de pobreza, orgulho e pesada influência do governo.
Confira o site de fotografias de Eric com mais fotos. É incrível que um país como a Coréia do Norte ainda exista hoje em dia."
Fonte:rusmea