O fenômeno de abdução alienígena é uma parte muito particular da ufologia. Existem inúmeros relatos ao redor do mundo sobre indivíduos sendo capturados, transportados e submetidos aos caprichos de entidades além da nossa compreensão. Muitos destes encontros são bastante estranhos e bizarramente detalhados. No Brasil temos uma seleção de incidentes envolvendo abduções realizadas por criaturas não-humanas.
Em uma noite de junho de 1967, cinco homens saíram para pescar em um lago isolado na região de Morro Branco no interior do Ceará. A noite começou bastante pacífica, mas a certa altura o silêncio noturno foi interrompido por um zumbido que se tornou tão intenso a ponto de causar incômodo. O som por vezes cessava, mas sempre recomeçava minutos depois. O grupo voltou para a margem e lá descobriu que o ruído era proveniente de uma colina próxima. A seguir, viram vários feixes de luz brilhando por trás da colina como se fossem holofotes. Aquilo era muito estranho e o grupo decidiu arrumar suas coisas e ir embora, mas então a situação começou a ficar ainda mais esquisita.
Um dos amigos parou de repente, sacou um revólver que havia trazido, apontou para os outros e ordenou que subissem o morro de onde vinham aqueles misteriosos ruídos e luzes. A princípio todos pensaram que ele estava apenas brincando, mas o sujeito disparou um tiro de advertência para o ar e disse-lhes que falava muito sério. Disse ainda que mataria qualquer um que não o obedecesse. A essa altura, perceberam que o homem com a arma estava em uma espécie de transe - como se fosse controlado. A situação era surreal e assustadora a ponto deles não terem outra opção senão obedecer.
Enquanto escalavam a colina, o homem com a arma parava esporadicamente para gritar para um grupo invisível que eles estavam a caminho. Ao chegarem ao topo da colina, o grupo avistou a fonte daquele estranho zumbido. A pesquisadora de OVNIs Irene Granchi que recolheu o testemunho em seu livro "Abduções Alienígenas no Brasil" relatou o acontecimento da seguinte forma:
De repente a visão ficou desfocada e todos perderam a consciência, acordando deitados em mesas acolchoadas. Os homens estavam todos deitados nessas camas sem entender como haviam chegado ali. Ouviu-se uma voz, que aparentemente vinha de uma lâmpada no teto, que tilintava e ecoava dentro da cabeça de cada um deles. Essa voz misteriosa disse a eles para ficarem calmos e não terem medo, o que estranhamente ajudou a suportar o terror que sentiam. Olhando ao redor, eles viram que a sala era desprovida de janelas ou portas, completamente branca, e com paredes lisas que emanavam uma luz suave. Numa parede havia um "painel cheio de pequenas linhas cruzadas em posição paralela ou oblíqua". Quando os homens pediram às entidades invisíveis que se mostrassem, a voz recusou, afirmando que eles eram muito diferentes dos humanos e que a revelação poderia ser chocante.
A voz também explicou que haviam seis deles naquele lugar, que estes eram exploradores vindos de um lugar muito distante e que haviam controlado um deles usando "ondas mentais". A voz advertiu para que eles não reagissem e assegurou que todos seriam libertados. Depois disso, eles não lembram o que aconteceu, simplesmente acordaram na mesma colina onde haviam sido capturados na manhã seguinte. Oito horas haviam se passado sem que eles lembrassem. Alguns objetos pessoais haviam desaparecido, incluindo a arma com a qual seu amigo os havia ameaçado, mas eles não estavam feridos.
Nos meses seguintes, os amigos começaram a recordar alguns detalhes de sua experiência, entre eles situações estranhas em que sangue, amostras de pele e cabelo foram coletadas. Nenhum deles apresentou qualquer ferimento físico, mas as lembranças fragmentadas do ocorrido causaram na maioria um trauma difícil de ser superado.
Outro curioso caso de abdução ocorreu na tarde de 4 de maio de 1969, quando um policial militar de 24 anos chamado José Antonio da Silva estava passando de carro por uma área rural próxima do município de Bebedouro, Minas Gerais. Ele percebeu um súbito clarão vindo da mata e foi verificar acreditando se tratar de um carro acidentado. Deparou-se com um objeto voador que pairava numa clareira a pouco mais de 3 metros de altura. Ainda assustado por essa visão ele tentou voltar para seu veículo quando sentiu uma forte tontura que o fez cambalear e cair. Lutando para se manter consciente ele viu duas figuras do tamanho de crianças se aproximando. Elas estavam vestidas com trajes brilhantes e usavam capacetes.
Silva não lembra exatamente o que aconteceu em seguida, recordando-se apenas de ter acordado no interior de uma sala imaculadamente branca. Ele estava preso a uma espécie de maca mantida na posição vertical. Sentia-se muito fraco, como se tivesse sido de alguma forma drenado de suas energias. Os dois seres tiraram seus capacetes revelando rostos afilados com enormes olhos pretos sem pálpebras. Não possuíam cabelos, nariz ou orelhas, enquanto a boca era pouco mais que um traço. Naquele lugar eles não vestiam roupas e seus corpos eram frágeis e esguios, com uma coloração branca acinzentada.
Esses estranhos tagarelavam entre si em uma língua sussurrante e não pareciam compreender as palavras de José Antônio que protestava e exigia ser libertado. A seguir, outro ser, dessa vez uma versão mais alta da mesma raça, surgiu. Este era aparentemente o líder deles, e usava gestos para se comunicar. Silva foi alimentado com um líquido espesso que ajudou a revigora-lo. Após esse primeiro contato, as criaturas o mantiveram lá por mais algum tempo, período em que ele lembrava acordar e dormir novamente sem conseguir saber ao certo quanto tempo se passava.
O caso seguinte ocorreu em 23 de junho de 1976 envolvendo Paulo Ricardo Coutinho, de 18 anos, de Aricanduva, interior do estado de São Paulo. Ele saiu para ir a uma aula noturna, mas não retornou para casa. Uma busca policial foi iniciada, mas as autoridades só conseguiram encontrar seus livros e papéis escolares largados numa trilha que ele costumava atravessar. Três dias se passaram e a família ficava cada vez mais preocupada com seu desaparecimento.
Uma pessoa então telefonou para os pais de Paulo dizendo ter encontrado o rapaz em uma parada de caminhões a 180 quilômetros do local onde seus livros foram achados. Paulo estava confuso no que parecia ser uma espécie de transe atordoado. Ao ser trazido de volta para casa ele começou a recuperar a lucidez e pode contar o que havia acontecido.
Paulo explicou que no dia em que desapareceu, ouviu um assobio estranho enquanto voltava para casa da aula. Quando olhou para cima, viu uma luz se movendo no céu, após o que, se descobriu paralisado, incapaz de reagir. A luz então se intensificou e ele percebeu que se tratava de um objeto arredondado que emitia um zumbido contínuo e piscava intermitentemente em azul, amarelo e vermelho. O estudante sentiu o corpo ficar leve e em seguida flutuou no ar na direção de uma comporta aberta na parte de baixo do objeto.
Um exame físico realizado posteriormente revelou que ele tinha estranhas cicatrizes no corpo, havia perdido dois dentes que aparentemente foram extraídos e duas unhas. Segundo ele, o material foi colhido pelas criaturas junto com sangue e sêmen. As criaturas não falaram com ele em momento algum e não prestaram qualquer explicação do que estava acontecendo. Após perder a consciência ele acordou em um descampado, com frio, exausto e confuso.
Passando para mais um caso bizarro, temos um relato colhido em 15 de setembro de 1977, na cidade do Rio de Janeiro. Um motorista de caminhão chamado Antônio Marcio Rubio estava voltando para casa quando avistou um objeto bastante estranho em forma de disco pousado em um descampado. A coisa media pelo menos 20 metros de comprimento e emitia uma luz pulsante alaranjada. Antonio achou que se tratava de um veículo que havia se acidentado e parou para olhar de perto. Ele desceu do veículo e se aproximou cautelosamente tentando encontrar uma porta no veículo. Quando tocou a superfície metálica do objeto recebeu uma descarga elétrica que atravessou seu corpo fazendo com que ele perdesse a consciência.
Rubio acordou em uma sala branca imaculada, preso a um estranho aparato de metal que emitia um som de estática. Estava nu, imobilizado e sentindo seu corpo inteiro tremendo de frio. Quatro seres de aparência estranha, com baixa estatura, olhos grandes e escuros e braços muito finos se aproximaram para examiná-lo. O motorista disse que as criaturas projetavam palavras em sua mente, como por telepatia, e que tentavam acalmá-lo dizendo que ele não seria ferido. Os seres realizaram uma série de exames físicos e fizeram várias perguntas. Ele disse que perdeu os sentidos várias vezes após receber choques elétricos que o faziam tremer e saltar na maca.
Por fim, temos o estranho caso de Luis Carlos Serra, de 16 anos, da cidade de Penalva, no estado do Maranhão. Em 24 de março de 1978, Luis estava voltando para casa depois de um jogo de futebol quando ouviu um som alto e viu uma luz brilhante acima das árvores. Antes que pudesse entender o que havia visto, algo o paralisou como um raio fulminante. Ele então começou a subir no ar em direção a um objeto redondo abobadado pairando sobre as árvores. Dois de seus colegas que vinham mais atrás chegaram a testemunhar a impressionante cena e correram para buscar ajuda. Quando retornaram cerca de 20 minutos depois, o veículo havia desparecido junto com seu colega.
Luis se recorda de ter sido recebido por três homens calvos com pele muito pálida e olhos azuis. Eles vestiam roupas estranhas parecidas com macacões prateados de astronauta e falavam um idioma que ele era incapaz de compreender. Em seguida o conduziram até uma outra sala com estranhos aparelhos que piscavam e zumbiam. O ataram numa cama e tentaram forçá-lo a beber uma mistura amarga que ele se negou a engolir. Irritados os seres enfiaram uma espécie de mangueira em sua garganta e o obrigaram a beber a substância que o fez perder a consciência.
Três dias depois, alguns pescadores o encontraram desmaiado na beira de um rio e o levaram a um hospital. Os médicos que o examinaram disseram que ele permaneceu catatônico com os membros rígidos a ponto de não poderem ser flexionados. Verificou-se também que sua cabeça havia sido raspada e que o cabelo parecia ter sido queimado. Encontraram ainda marcas arroxeadas no tórax que não pareciam ter sido produzidas por qualquer instrumento médico conhecido. Quatro de seus molares haviam sido removidos e ainda sangravam. Durante todo o exame, Luis permaneceu catatônico, e os médicos não conseguiram descobrir o que havia de errado com ele.
Casos de abdução e relatos sobre experimentos sofridos por humanos nas mãos de seres estranhos são uma parte importante da ufologia. Especialistas acreditam que seres extraterrestres costumam viajar para a Terra e coletar espécimes nativos para a realização de análises e experimentos. Não parece haver um critério para a escolha das pessoas abduzidas, o que leva a crer que estas são capturadas ao acaso, geralmente em um local ermo e deserto. As descrições quase sempre mencionam salas "iluminadas", "brancas imaculadas" ou "muito claras", onde os experimentos tem lugar. Os seres envolvidos também são frequentemente descritos como curiosos e com uma conduta que lembra a de cientistas ou médicos. Os instrumentos médicos/cirúrgicos usados variam muito, mas um ponto em comum é a noção de que amostras são colhidas para análises.
Com todos esses relatos, só nos resta imaginar o que poderia estar acontecendo. Estaríamos sendo capturados por seres alienígenas que nos analisam como animais para algum tipo de experimento ou teste? E se a resposta for sim, quais os objetivos destes testes misteriosos? Haveria conhecimento ou ajuda do governo? Existiria algum consentimento ou acobertamento de tais atividades?
Enquanto a resposta não surge, tudo o que podemos fazer é observar os céus com preocupação.
Fonte:mundotentacular